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Estado de Minas

Eike Batista renuncia ao cargo de presidente da MPX

Empresa aumentou o capital privado em R$ 800 milhões para reforçar o caixa. Companhia informou ainda que mudará de nome


postado em 04/07/2013 08:16 / atualizado em 04/07/2013 13:03

O empresário Eike Batista renunciou à presidência do Conselho de Administração da MPX Energia, empresa do Grupo EBX. O anúncio foi feito por meio de um fato relevante divulgado ao mercado nesta quinta-feira. O desligamento do empresário é válido desde a data de ontem.

A empresa também anunciou um aumento de capital privado de R$ 800 milhões para reforçar o caixa da MPX em meio a uma crise de confiança no mercado com o rombo nas contas do grupo. A empresa alemã E.ON, que possui cerca de 24,5% do capital da MPX e compartilha o controle da companhia com Eike, investirá o montante de R$ 366 milhões. O restante será garantido pela BTG Pactual, assessor financeiro do grupo EBX.  A empresa informou ainda que vai mudar de nome e sede da empresa será transferida para onde funcionam os escritórios da joint venture entre a MPX e E.ON.

Jorgen Kildahl, que era vice-presidente do órgão, foi indicado como presidente interino. Eike Batista, fundador da EBX, atuava como presidente do Conselho de Administração das seis empresas de capital aberto do grupo. Na MPX, que atua no mercado de geração de energia elétrica, o empresário presidia o conselho há seis anos.


Tombo


Ontem, numa tentativa de estancar as recorrentes perdas de valor societário do grupo EBX, que acumulam um tombo de mais de 90%, e conter especulações sobre risco iminente de calotes em dívidas, o empresário Eike Batista informou que suas empresas têm recursos suficientes para honrar compromissos.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Eike ressaltou que tem crédito de US$ 850 milhões a receber da Petronas, estatal de petróleo da Malásia, referentes à venda de participação de 40% em dois blocos de exploração na Bacia de Campos (RJ). Eike falou ainda da possibilidade de a petroleira exercer a opção de um aporte de US$ 1 bilhão, valor que seria colocado na companhia por ele próprio, conforme divulgado em outubro de 2012.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ontem, por meio de nota, que o valor total das operações com o Grupo EBX junto à instituição é de R$ 10,4 bilhões. “Nem tudo foi liberado, já que os desembolsos ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos”, esclarece o banco, garantindo que sua exposição direta é pequena.

Nos últimos 30 dias, as ações da OGX, empresa de Eike Batista que explora petróleo, caíram 71,9% na Bolsa de Valores de São Paulo. Somente ontem, a queda chegou a 13%. No dia 2, as agências de classificação de risco Moody’s e Standard & Poor’s rebaixaram a nota das ações da OGX para uma avaliação que indica alto risco de calote – risco de a empresa não conseguir honrar os compromissos. As duas agências citaram a baixa produção de petróleo e o fraco fluxo de caixa para justificarem a decisão.


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