Pelo menos 16 bancos em Minas Gerais estão na mira do Ministério Público do Trabalho (MPT) por terceirizar atividades essenciais. Grupos como o Mercantil, Bradesco, Brasil, Intermedium, HSBC, Itaú, BGN, Santander estão entre os principais alvos do órgão, que iniciou os trabalhos de investigação em 2011 e, até então, quatro ações judiciais foram ajuizadas.
Segundo o MPT-MG, os terceirizados trabalham ao lado de bancários, fazem a mesma tarefa, porém recebem salários inferiores, cumprem jornada mais longa e não são contemplados com as garantias conquistadas pela categoria, que, na prática, integram.
Nesta quinta-feira, empregados do setor bancário protestam em todo país contra o Projeto de Lei 4.330/04, que amplia as possibilidades de terceirização para a atividade-fim em vários setores. Os bancários realizam paralisações de advertência em todo Brasil e contam com o apoio da CUT e com a participação de outras categorias de trabalhadores. “Esse projeto é muito danoso e visa tão somente diminuir o custo dos bancos e das empresas e precarizar o emprego e os direitos dos trabalhadores”, adverte Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Em Belo Horizonte, a categoria realiza um ato público a partir das 9h, em frente à agência Século da Caixa, no quarteirão fechado da Praça Sete, esquina entre as ruas Carijós e Espírito Santo. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores em Belo Horizonte e Região, durante o ato, a população receberá informações e será convidada a participar do abaixo-assinado online em combate ao projeto. De acordo com o presidente Clotário Cardoso, cinco agências do hipercentro foram fechadas na manhã de hoje e voltarão a funcionar a partir das 12h.
O projeto de lei deve ser votado no dia 10 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.