O fim da greve nacional dos caminhoneiros em Minas aliviou o bolso dos consumidores da Grande Belo Horizonte e pôs fim – ou pelo menos reduziu drasticamente – o desespero dos empresários afetados pelos três dias de bloqueios nas estradas federais. Casos pontuais, porém, não são descartados pelas entidades que representam os setores econômicos. O término da paralisação aumentou a oferta de produtos na unidade de Contagem da Ceasa Minas, o maior entreposto do estado, em 49%. O percentual superou – e muito – a queda que havia sido registrada, na quarta-feira, da ordem de 13%, o que elevou o preço médio dos hortifrutigranjeiros em 17%.
A alta da demanda registrada ontem refletiu nos preços. O da batata, que havia sido o campeão de aumento anteontem, com avanço de 29%, recuou bastante. “De R$ 2,02 para R$ 1,60. É um preço bom para a época. Só a oferta desse alimento cresceu 70% com o fim da greve. A situação está tranquila. Não há risco de desabastecimento”, informou Ricardo Martins, da seção de Informações da Ceasa Minas. A Associação Mineira de Supermercados (Amis) também descartou problemas no abastecimento.
O Minaspetro, sindicato que representa os postos de combustíveis, informou que não havia registro de empresas sem gasolina, álcool ou diesel na Grande Belo Horizonte. Situação idêntica no Centro-Oeste do estado, região em que vários postos ficaram sem combustíveis na terça e na quarta-feira. “Hoje (ontem), não houve reclamação”, reforçou Luciana Cristina Santos, advogada do Minaspetro na região. No posto Profetas, em Congonhas, na Região Central, as bombas também voltaram a funcionar, depois de dois dias sem gasolina.
O balanço geral do prejuízo causado pela paralisação nas estradas ainda não foi feito pelas entidades que representam os diversos setores prejudicados, como o das transportadoras. O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Vander Costa, estima que, a cada quilômetro de fila única, o setor tenha amargado uma despesa extra de R$ 50 mil a R$ 100 mil. O custo diário com cada veículo de carga, incluindo o salário do condutor e outros gastos (seguro, impostos etc.), é da ordem de R$ 1 mil. A greve gerou perdas significativas no país. Empresas como a Fiat precisaram suspender parte da produção. A conta total do prejuízo em todo o Brasil deve ser apresentada nos próximos dias.
Apoio
Por outro lado, um estudo divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) avaliou o reflexo das manifestações populares que ocorreram durante a Copa das Confederações no varejo da capital mineira. Embora os protestos tenham causado prejuízo de R$ 74,6 milhões ao comércio de Belo Horizonte, 69% dos lojistas avaliam que eles vão “surtir efeitos positivos” para a cidade. Outros 84% acreditam que suas vendas vão crescer. A pesquisa entrevistou 300 empresários entre 25 e 28 de junho, ou seja, o estudo não levou em conta os reflexos causados pela greve dos caminhoneiros, referindo-se apenas às manifestações populares.
“Boa parte dos empresários (41,1%) estima ter perdido entre 20% e 50% das vendas. Outros 24,7% são mais pessimistas, com perdas de mais de 50%”, informou o economista Gabriel de Andrade Ivo, responsável pelo estudo. Por outro lado, o indicador de que 69% dos lojistas acreditam que as manifestações surtirão resultados positivos pode sugerir que a maior parte da categoria apoia o protesto pacífico. “E 84% acham que haverá aumento nas vendas. Desses, 38,6% (projetam) alta de 20% a 50%”, acrescentou o economista. A Fecomércio apurou que 9,9% dos entrevistados adotarão promoções e liquidações para aumentar as vendas. Outros 5,5% vão apelar para preços menores.
A alta da demanda registrada ontem refletiu nos preços. O da batata, que havia sido o campeão de aumento anteontem, com avanço de 29%, recuou bastante. “De R$ 2,02 para R$ 1,60. É um preço bom para a época. Só a oferta desse alimento cresceu 70% com o fim da greve. A situação está tranquila. Não há risco de desabastecimento”, informou Ricardo Martins, da seção de Informações da Ceasa Minas. A Associação Mineira de Supermercados (Amis) também descartou problemas no abastecimento.
O Minaspetro, sindicato que representa os postos de combustíveis, informou que não havia registro de empresas sem gasolina, álcool ou diesel na Grande Belo Horizonte. Situação idêntica no Centro-Oeste do estado, região em que vários postos ficaram sem combustíveis na terça e na quarta-feira. “Hoje (ontem), não houve reclamação”, reforçou Luciana Cristina Santos, advogada do Minaspetro na região. No posto Profetas, em Congonhas, na Região Central, as bombas também voltaram a funcionar, depois de dois dias sem gasolina.
O balanço geral do prejuízo causado pela paralisação nas estradas ainda não foi feito pelas entidades que representam os diversos setores prejudicados, como o das transportadoras. O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Vander Costa, estima que, a cada quilômetro de fila única, o setor tenha amargado uma despesa extra de R$ 50 mil a R$ 100 mil. O custo diário com cada veículo de carga, incluindo o salário do condutor e outros gastos (seguro, impostos etc.), é da ordem de R$ 1 mil. A greve gerou perdas significativas no país. Empresas como a Fiat precisaram suspender parte da produção. A conta total do prejuízo em todo o Brasil deve ser apresentada nos próximos dias.
Apoio
Por outro lado, um estudo divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) avaliou o reflexo das manifestações populares que ocorreram durante a Copa das Confederações no varejo da capital mineira. Embora os protestos tenham causado prejuízo de R$ 74,6 milhões ao comércio de Belo Horizonte, 69% dos lojistas avaliam que eles vão “surtir efeitos positivos” para a cidade. Outros 84% acreditam que suas vendas vão crescer. A pesquisa entrevistou 300 empresários entre 25 e 28 de junho, ou seja, o estudo não levou em conta os reflexos causados pela greve dos caminhoneiros, referindo-se apenas às manifestações populares.
“Boa parte dos empresários (41,1%) estima ter perdido entre 20% e 50% das vendas. Outros 24,7% são mais pessimistas, com perdas de mais de 50%”, informou o economista Gabriel de Andrade Ivo, responsável pelo estudo. Por outro lado, o indicador de que 69% dos lojistas acreditam que as manifestações surtirão resultados positivos pode sugerir que a maior parte da categoria apoia o protesto pacífico. “E 84% acham que haverá aumento nas vendas. Desses, 38,6% (projetam) alta de 20% a 50%”, acrescentou o economista. A Fecomércio apurou que 9,9% dos entrevistados adotarão promoções e liquidações para aumentar as vendas. Outros 5,5% vão apelar para preços menores.