Após crescimento recorde em abril, a atividade industrial perdeu fôlego em maio. O número de horas trabalhadas recuou 3,6% em maio na comparação com o mês anterior. Em abril, o indicador havia avançado 2,9% na comparação com março, a maior expansão mensal desde 2010. O faturamento também sofreu retração, de 0,5%, após avançar 5% em abril. O emprego industrial teve queda de 0,2% após ter crescido 0,7% no quarto mês do ano. A utilização da capacidade instalada da indústria ficou em 82,9% em maio, 0,7 percentual a menos do que em abril. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Outros indicadores analisados no levantamento da CNI foram a massa salarial real e o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria. O primeiro cresceu 0,5% e o segundo ficou perto da estabilidade, com variação positiva de 0,1%. Os dados são dessazonalizado e, portanto, desconsideram as oscilações típicas de determinada época do ano.
Na análise por setor, a pesquisa mostra que menos atividades da indústria tiveram desempenho positivo em maio na comparação com abril. O faturamento real cresceu em 13 setores da indústria da transformação, cinco a menos do que no mês anterior. O indicador de horas trabalhadas aumentou em nove setores em maio, aproximadamente a metade do verificado em abril.