As centrais sindicais acreditam que o Dia Nacional de Lutas vai paralisar grande parte das atividades econômicas do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 11. O fluxo de trabalhadores para a indústria, o comércio e os serviços será prejudicado pela redução da oferta de transportes. A perspectiva é que as linhas intermunicipais de passageiros fiquem paradas enquanto as de transporte urbano de Porto Alegre devem, por determinação da Justiça, manter 50% da oferta normal durante os horários de pico das 6 horas às 9 horas e das 17h30min às 20h30min. O Sindicato dos Caminhoneiros orientou seus filiados a ficar em casa, o que reduzirá também o transporte de cargas. Diversas categorias prometem, ainda, interromper temporariamente o tráfego por rodovias que passam por Erechim, no norte, Caxias do Sul, no nordeste do Estado, e Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.
No Porto do Rio Grande, no sul do Estado, sindicatos das diversas categorias ligadas às áreas de carga, descarga, serviços administrativos e de desembaraço de mercadorias afirmam que cerca de cinco mil trabalhadores suspenderão suas atividades. "Nossa intenção é parar completamente", avisa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Rio Grande, Rui Eduardo da Fonseca Mendes. Os metalúrgicos programaram paralisações em Rio Grande, Caxias do Sul e diversas cidades da região metropolitana de Porto Alegre.
Professores de escolas públicas estaduais e particulares também preveem grande adesão à greve e atos públicos em suas cidades. Em Porto Alegre, haverá manifestação diante do Palácio Piratini, às 11 horas. O Largo Glênio Peres, no centro da cidade, deve ser palco de manifestações promovidas pela Força Sindical, durante a manhã, e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS) à tarde. "A adesão será surpreendente porque muitos sindicatos decidiram isso e não comunicaram às centrais", prevê o secretário de comunicação da CUT/RS, Alberto Ledur.