A taxa de desemprego nas economias desenvolvidas não começará a cair antes do fim de 2014, visto que as disparidades entre os países ricos tendem a aumentar ainda mais, afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse terça-feira.
Em seu relatório sobre a perspectiva para desemprego, o órgão disse que os governos precisam assegurar que aqueles que estão desempregados há muito tempo não tenham dificuldades financeiras e concluiu que os trabalhadores mais velhos não têm mantido seus postos de trabalho em detrimento dos trabalhadores mais jovens.
O OCDE disse que até abril, 48 milhões de trabalhadores estavam sem emprego em seus 34 membros, 16 milhões a mais que em 2007, um ano antes da crise financeira que provocou um forte desaceleração no crescimento econômico global e contrações na maioria das economias desenvolvidas.
O órgão afirmou que espera que a taxa de desemprego em seus 34 membros continuará "amplamente constante" em 8% até o fim do próximo ano, apenas 0,50 ponto porcentual abaixo do pico de 2009.
Mas as grandes disparidades entre economias deverão crescer. Enquanto a taxa de desemprego nos EUA está prevista para recuar para 6,7% no quarto trimestre de 2014, de 7,6% em maio de 2013, a taxa de desemprego na zona do euro deverá subir para 12,3%, de 12,1%. Dentro da zona do euro, a taxa de desemprego na Grécia deverá aumentar para 28,2%, de 26,8%, enquanto na Espanha, ela deverá subir para 27,8%, de 26,9%. A OCDE também prevê aumento do desemprego na Irlanda e Portugal.