O número de britânicos que recorreu ao auxílio-desemprego caiu pelo maior montante em três anos em junho, segundo dados oficiais, mas o crescimento dos ganhos manteve-se fraco, ressaltando a pressão sobre os gastos dos consumidores, o que ameaça a recuperação econômica do país.
O Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) disse que o montante de pedidos de auxílio-desemprego no Reino Unido caiu em 21.200 em junho - a maior queda desde junho de 2010. A taxa de pedidos de auxílio-desemprego recuou para 4,4%, de 4,5%.
A queda no número de pedidos de auxílio-desemprego foi muito maior do que o esperado. Economistas haviam previsto uma queda de 5.000.
O ONS afirmou que os ganhos regulares médios - que excluem pagamentos de bônus - cresceram apenas 1,0% nos três meses até maio.
A taxa anual de inflação está agora em 2,9%, o que significa que o poder de compra dos britânicos é corroída visto que o aumento dos ganhos não consegue acompanhar o ritmo da elevação de preços.
O enfraquecimento do poder de compra tem sérias implicações para as perspectivas da economia, uma vez que os gastos dos consumidores representam cerca de 60% da produção econômica do país.
No entanto, a pressão sobre os gastos do consumidor é parcialmente compensada pelo mercado de trabalho relativamente robusto.
A medida de desemprego da Organização Internacional do Trabalho mostrou que o número de britânicos desempregados caiu em 57 mil nos três meses até maio, deixando a taxa de desemprego inalterada em 7,8%. Fonte: Dow Jones Newswires.