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Estado de Minas

Turistas gastaram só R$ 464 em BH na Copa das Confederações

Com menor tempo de permanência de visitantes, capital ficou no penúltimo lugar, ao lado de Salvador, em valores desembolsados


postado em 20/07/2013 06:00 / atualizado em 20/07/2013 07:05

Belo Horizonte empatou com Salvador na segunda posição entre as cidades onde o turista brasileiro menos gastou durante a Copa das Confederações: R$ 464 por pessoa. O desempenho da capital mineira foi pior, no entanto, devido ao tempo menor da visita durante o torneio. BH só ganhou de Recife, que registrou desembolso per capita de R$ 376, entre as cidades-sede do campeonato. Brasília contabilizou o maior gasto médio per capita dos turistas domésticos durante a Copa, de R$ 1.006, de acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), feito a pedido do Ministério do Turismo. Em segundo lugar, aparece Fortaleza (R$ 786), seguida do Rio de Janeiro (R$ 691).

A pesquisa foi realizada com 7.357 pessoas nos hotéis e nas proximidades dos estádios, incluindo gastos com passagens, hospedagem, alimentação, compras e lazer. Os ingressos não foram contemplados. “O resultado reflete o peso dos jogos nas cidades. Em Belo Horizonte, não houve tantas disputas de expressão. E Brasília sediou o evento de abertura da Copa, o que acabou prolongando a estadia e puxando a média de gastos para cima”, afirma José Francisco Salles Lopes, diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo. A despesa na capital mineira, diz, ficou concentrada na semifinal entre Brasil e Uruguai. BH teve a menor média de permanência do turista: 1,7 dia. A cidade com maior média foi Fortaleza: 3,9 dias.

O ranking sofre mudanças, quando considerados os gastos dos turistas estrangeiros. Foram 20 mil visitantes no país, com movimentação média de 230 mil viagens. O levantamento da Fipe indicou que entre esse público o maior desembolso ocorreu em Fortaleza (R$ 2,7 mil), seguida do Rio de Janeiro, com gasto médio de R$ 2,66 mil. A pesquisa ainda é preliminar e não foram divulgadas as despesas dos turistas estrangeiros em Belo Horizonte durante o evento.

Para a Copa do Mundo, são esperados 600 mil estrangeiros e 3,1 milhões de brasileiros. “O turismo da Copa é qualificado. Provavelmente vamos ter um multiplicador de gastos durante o mundial”, observa Francisco Lopes, do Ministério do Turismo. Pesquisa feita pela entidade durante a Copa da África do Sul indicou que o turista que frequentou o mundial tinha boa renda familiar (R$ 24,5 mil), com gasto médio de R$ 11,5 mil durante a competição.

Ocupação hoteleira

A taxa média de ocupação da hotelaria da capital mineira oscilou de 65% a 78% em junho, sendo que a média considerada normal é de 65%, segundo dados da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Minas Gerais (Fhoremg). Na semana da semifinal, cerca de 30 hotéis foram beneficiados com o evento, e em alguns empreendimentos a taxa de ocupação alcançou 100%. “Problemas como a violência e o vandalismo durante as manifestações nas ruas atrapalharam”, informou a instituição.

Nos bares e restaurantes, junho mostrou desempenho de 8% a 10% pior, na comparação com idêntico período de 2012, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG). “O setor está passando por retração, acompanhando o cenário da economia. Se não fossem os jogos, os resultados poderiam ter sido piores”, diz Fernando Júnior, presidente da Abrasel.


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