Se buscar peças com desconto já foi sinônimo de constrangimento, hoje não é mais. Tanto que os outlets, antes conhecidos como pontas de estoque, crescem cada vez mais na preferência dos consumidores, que vão atrás de preços 80% menores que os originais e se orgulham de comprar barato. A demanda é tanta que faz com que grandes marcas repensem sua participação no mercado, abram lojas especialmente voltadas para esse público e assim movimentem um comércio de vendas mornas. Em maio, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as vendas do varejo permaneceram estáveis frente a abril.
Funcionando há pouco mais de um ano no segundo piso do Restaurante Trindade, no Bairro de Lourdes, a Lojinha Outlet, das sócias Chris Soares e Sophia França, oferece de biquínis a vestidos de festas, com valores a partir de R$ 80. A presença de marcas sofisticadas por um preço menor que o encontrado nas lojas faz com que as vendas cresçam n 10% ao mês. “A indústria prefere transformar os custos para vender as sobras do estoque com desconto e assim conseguimos repassar com um preço muito menor”, explica Sophia.
De acordo com ela, algumas peças chegam à loja com preço real de R$ 1 mil e são vendidas por R$ 150. “Isso ocorre porque em alguns casos o segmento do vestuário trabalha com uma margem de lucro até 2.500%, o que encarece o produto na loja própria, mas nos permite vender mais barato e ainda conseguir ganhar”, justifica Sophia.
Para a designer e cliente da loja Maria Flávia Zech Coelho, esse é um mercado que deve crescer muito nos próximos anos. A justificativa, segundo ela, é o fato de os brasileiros irem para o exterior, encontrarem preços acessíveis e também buscarem isso onde moram. “Todo mundo procura um preço justo”, diz. No entanto, ela reforça que só sobreviverão as lojas que trabalharem com bom gosto e criatividade. “É preciso se diferenciar porque o mineiro é muito desconfiado. Ele quer desconto, mas também qualidade”, acrescenta.
Desde abril do ano passado, a grife Ave Maria optou por investir em um outlet, que funciona em endereço diferente do da loja. A ideia, segundo o gerente Heleno Fontes, era dar saída ao estoque, que ficava parado no fim de cada coleção, e girar o capital. “O comércio ruim é um dos motivos para o surgimento desse modelo de loja. Hoje, muitas pessoas não abrem mão da marca, do conceito, mas querem pagar menos”, lembra. De acordo com ele, a forma de consumir mudou e pressiona o mercado a mudar. “As pessoas compram peças por US$ 50 fora do país e não aceitam pagar R$ 500 por um produto parecido aqui”, lembra.
Prova do bom desempenho do segmento é que o BH Outlet, inaugurado em 2011, prepara uma expansão do empreendimento, com 100 novas lojas. O gerente Aroldo Soraggi explica que o crescimento da operação ocorre de forma natural em função do bom desempenho das 40 lojas já existentes. “Esse é um novo nicho de mercado, que todos os fabricantes brasileiros estão descobrindo agora e a tendência é que cresça ainda mais nos próximos anos”, estima. De acordo com o Ibope Inteligência, que simula o mercado e prevê as vendas desses empreendimentos, serão inaugurados 30 outlets, no formato de shoppings, no país nos próximos seis anos.
Funcionando há pouco mais de um ano no segundo piso do Restaurante Trindade, no Bairro de Lourdes, a Lojinha Outlet, das sócias Chris Soares e Sophia França, oferece de biquínis a vestidos de festas, com valores a partir de R$ 80. A presença de marcas sofisticadas por um preço menor que o encontrado nas lojas faz com que as vendas cresçam n 10% ao mês. “A indústria prefere transformar os custos para vender as sobras do estoque com desconto e assim conseguimos repassar com um preço muito menor”, explica Sophia.
De acordo com ela, algumas peças chegam à loja com preço real de R$ 1 mil e são vendidas por R$ 150. “Isso ocorre porque em alguns casos o segmento do vestuário trabalha com uma margem de lucro até 2.500%, o que encarece o produto na loja própria, mas nos permite vender mais barato e ainda conseguir ganhar”, justifica Sophia.
Para a designer e cliente da loja Maria Flávia Zech Coelho, esse é um mercado que deve crescer muito nos próximos anos. A justificativa, segundo ela, é o fato de os brasileiros irem para o exterior, encontrarem preços acessíveis e também buscarem isso onde moram. “Todo mundo procura um preço justo”, diz. No entanto, ela reforça que só sobreviverão as lojas que trabalharem com bom gosto e criatividade. “É preciso se diferenciar porque o mineiro é muito desconfiado. Ele quer desconto, mas também qualidade”, acrescenta.
Desde abril do ano passado, a grife Ave Maria optou por investir em um outlet, que funciona em endereço diferente do da loja. A ideia, segundo o gerente Heleno Fontes, era dar saída ao estoque, que ficava parado no fim de cada coleção, e girar o capital. “O comércio ruim é um dos motivos para o surgimento desse modelo de loja. Hoje, muitas pessoas não abrem mão da marca, do conceito, mas querem pagar menos”, lembra. De acordo com ele, a forma de consumir mudou e pressiona o mercado a mudar. “As pessoas compram peças por US$ 50 fora do país e não aceitam pagar R$ 500 por um produto parecido aqui”, lembra.
Prova do bom desempenho do segmento é que o BH Outlet, inaugurado em 2011, prepara uma expansão do empreendimento, com 100 novas lojas. O gerente Aroldo Soraggi explica que o crescimento da operação ocorre de forma natural em função do bom desempenho das 40 lojas já existentes. “Esse é um novo nicho de mercado, que todos os fabricantes brasileiros estão descobrindo agora e a tendência é que cresça ainda mais nos próximos anos”, estima. De acordo com o Ibope Inteligência, que simula o mercado e prevê as vendas desses empreendimentos, serão inaugurados 30 outlets, no formato de shoppings, no país nos próximos seis anos.