A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu para 6% em junho, ante 5,8% em maio deste ano e 5,9% em junho do ano passado. A pesquisa é feita nas áreas metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Porto Alegre.
Na Grande BH, o índice de desemprego foi de 4,1%, menor percentual para o mês desde 2002, quando a série teve início. Em maio havia sido de 4,3%. Entre as regiões do país, a região metropolitana de BH registrou a segunda menor taxa, atrás somente de Porto Alegre (3,9%). O maior índice foi em Salvador (8,8%).
Segundo o IBGE, o contingente de trabalhadores desocupados ficou em 1,5 milhão de pessoas em junho, mantendo-se praticamente estável em relação a maio deste ano e a junho de 2012. A população ocupada, de 23 milhões, também manteve-se praticamente estável em relação aos dois meses.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi praticamente o mesmo de maio: 11,5 milhões. Mas foi registrado um aumento de 3,2% em relação a junho do ano passado, representando um adicional de 359 mil postos de trabalho com carteira assinada. Analisando o contingente de ocupados segundo os grupamentos de atividade, de maio para junho de 2013, destaca-se queda de 3,3% na indústria, único grupamento que mostrou variação.
A redução absoluta foi de 120 mil pessoas ocupadas, sendo 63 mil apenas em São Paulo. Essa é uma das notícias negativas da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), segundo seu gerente Cimar Azeredo.
"É um período em que se esperaria recuperação na ocupação da indústria", disse Azeredo, em entrevista coletiva no Rio. "O contingente de ocupados na indústria caiu num período em que isso não era esperado".
Na comparação com junho de 2012, o pessoal ocupado na indústria também recuou 3,3% em junho passado. O técnico do IBGE destacou ainda que houve queda de 1,0% no pessoal ocupado na construção, na passagem de maio para junho, e de 0,7% em junho ante igual mês de 2012.
Renda
O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.869,20) não apresentou variação na comparação mensal e aumentou 0,8% frente a junho de 2012 (R$ 1.854,13). A massa de rendimento real habitual (R$ 43,4 bilhões) ficou estável em relação a maio e cresceu 1,5% frente a junho de 2012. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (43,1 bilhões em maio de 2013) também permaneceu estável frente a abril. Na comparação com maio do ano passado esta estimativa cresceu 2,0%.
Na Grande BH, os vencimentos apresentaram queda no mês de 4% e no ano de 5,1%. Eles passaram da média de R$ 1.874,11 em junho de 2012 para R$ 1.851,13 em maio e R$ 1,777,70 em junho deste ano.
Nas demais regiões, o rendimento subiu frente a maio em Recife (3,3%): R$ 1.350,20; Porto Alegre (3,2%): R$ 1.870,70; e Salvador (0,9%): R$ 1.448,90. Ficou estável no Rio de Janeiro: R$ 1.991,30 e caiu em São Paulo (0,6%): R$ 1.986,50. Na comparação com junho de 2012, houve queda em Salvador (4,5%) e em Recife (3,2%). Ocorreu alta em Porto Alegre (6,3%), Rio de Janeiro (3,6%) e em São Paulo (1,3%).(Com Agência Estado)