O passageiro do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, é o que gasta maior tempo e dinheiro para se deslocar de táxi até o Centro da cidade que atende entre os principais aeroportos do Brasil e do mundo. Levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que o valor da corrida de táxi entre a Praça Sete e o terminal, R$ 100,10, equivale a quase cinco vezes mais do que pagam os cearenses para chegar ao aeroporto, partindo do Centro de Fortaleza (R$ 21,62), e, muitas vezes, é maior até que o da passagem aérea.
Embora o preço da bandeirada varie entre as capitais brasileiras – R$ 4,70 no Rio de Janeiro contra R$ 4,10 em Belo Horizonte, por exemplo – a diferença dos valores por quilômetro rodado é mais expressiva – R$ 1,70 no Rio e
O alto custo faz com que a maioria dos usuários esteja a trabalho na capital mineira. O engenheiro Rodrigo Fialho Gomes é um dos que sempre opta pelo táxi . O valor é custeado pela empresa em que trabalha para dar mais rapidez aos usuários, já que não há outro meio que ofereça agilidade e conforto, como trem ou metrô. “Seria uma boa opção.”
Em agravante no cenário brasileiro de aeroportos é que somente Porto Alegre dispõe de metrô para o deslocamento dos passageiros. Nas demais cidades, a única opção de transporte coletivo é o ônibus, quase sempre mais lento que as alternativas como metrô e trem, por serem segregados. A situação se prepete em toda a América do Sul (Assunção, Buenos Aires, Caracas, Lima, Ciudad del Este, Santiago, Montevidéu e Santa Cruz de la Sierra). Em contrapartida, na Europa, Frankfurt, Milão, Paris, Londres e Madri têm pelo menos uma terceira opção (além de ônibus e táxi) para o deslocamento dos passageiros.
Segundo a pesquisa da TAM, a distância entre Confins e o Centro é de 40 quilômetros. Em Milão, são 52 quilômetros, mas, mesmo assim, o trem chega mais rápido que o ônibus. A viagem que dura 1 hora e 20 minutos de ônibus em Minas, na Itália demora 55 minutos de trem. Ou seja, 25 minutos a menos.
A condição do transporte público disponível para os aeroportos brasileiros faz com que 52% dos passageiros optem por usar carros próprios para ir até o aeroporto, segundo pesquisa da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República. O farmacêutico Warley Botelho é um dos que prefere ir de carro até o terminal e deixá-lo no estacionamento enquanto viaja. Por três dias, ele pagou R$ 29, valor que considera justo, uma vez que não é coberto e o carro fica “todo sujo” em razão da poeira das obras no terminal. “É uma comodidade o carro estar aqui. Além da economia, fico mais livre que se estivesse com táxi”, diz.
METRÔ É EXCEÇÃO Para chegar a Confins, ainda segundo a pesquisa da SAC, apenas 38% dos passageiros usam um meio público de transporte – os 10% restantes estão em conexão de outros voos. Quando se considera transporte público, 66% dos passageiros usam o táxi e somente 25% ônibus, o que encare a viagem, principalmente se se considerar que seis em cada 10 passageiros que usam o terminal voam por lazer. O psicólogo André Diniz precisa usar o aeroporto, em média, uma vez por mês. A escolha para o percurso é sempre o ônibus. “O preço do táxi é um absurdo!”. Morador do Bairro Camargos, quase na divisa com Contagem, ele vai de ônibus até a Avenida Álvares Cabral, na Região Centro-Sul, e, de lá, segue de táxi para casa, conciliando assim custo e comodidade. A viagem no ônibus executivo demora 20 minutos mais que a de táxi, e o custo é corresponde a um quinto do valor.
Apesar de o estudo não discriminar os dados do uso do transporte público para cada aeroporto, uma hora de observação no terminal deixa claro que, em Confins, a preferência do passageiro é pelo ônibus ou carro particular. O ônibus custa cinco vezes menos que o táxi e estacionar no terminal é bem mais barato que em estacionamentos do Centro da capital.
RAMAL FERROVIÁRIO A Secretaria Estadual de Gestão Metropolitana (Segem) elabora estudos para reativação de antigas linhas férreas que ligam a capital a importantes cidades da Grande BH. A expectativa é de que os editais sejam publicados nos próximos meses. Um dos ramais deve criar uma ligação entre Belo Horizonte e o aeroporto. A ideia é que o trem siga até Pedro Leopoldo, de onde sairá um ramal fazendo a ligação.
Embora o preço da bandeirada varie entre as capitais brasileiras – R$ 4,70 no Rio de Janeiro contra R$ 4,10 em Belo Horizonte, por exemplo – a diferença dos valores por quilômetro rodado é mais expressiva – R$ 1,70 no Rio e
R$ 2,40 em BH –, o que faz com que a corrida fique ainda mais cara em Minas, dada a distância do terminal.
O alto custo faz com que a maioria dos usuários esteja a trabalho na capital mineira. O engenheiro Rodrigo Fialho Gomes é um dos que sempre opta pelo táxi . O valor é custeado pela empresa em que trabalha para dar mais rapidez aos usuários, já que não há outro meio que ofereça agilidade e conforto, como trem ou metrô. “Seria uma boa opção.”
Em agravante no cenário brasileiro de aeroportos é que somente Porto Alegre dispõe de metrô para o deslocamento dos passageiros. Nas demais cidades, a única opção de transporte coletivo é o ônibus, quase sempre mais lento que as alternativas como metrô e trem, por serem segregados. A situação se prepete em toda a América do Sul (Assunção, Buenos Aires, Caracas, Lima, Ciudad del Este, Santiago, Montevidéu e Santa Cruz de la Sierra). Em contrapartida, na Europa, Frankfurt, Milão, Paris, Londres e Madri têm pelo menos uma terceira opção (além de ônibus e táxi) para o deslocamento dos passageiros.
Segundo a pesquisa da TAM, a distância entre Confins e o Centro é de 40 quilômetros. Em Milão, são 52 quilômetros, mas, mesmo assim, o trem chega mais rápido que o ônibus. A viagem que dura 1 hora e 20 minutos de ônibus em Minas, na Itália demora 55 minutos de trem. Ou seja, 25 minutos a menos.
A condição do transporte público disponível para os aeroportos brasileiros faz com que 52% dos passageiros optem por usar carros próprios para ir até o aeroporto, segundo pesquisa da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República. O farmacêutico Warley Botelho é um dos que prefere ir de carro até o terminal e deixá-lo no estacionamento enquanto viaja. Por três dias, ele pagou R$ 29, valor que considera justo, uma vez que não é coberto e o carro fica “todo sujo” em razão da poeira das obras no terminal. “É uma comodidade o carro estar aqui. Além da economia, fico mais livre que se estivesse com táxi”, diz.
METRÔ É EXCEÇÃO Para chegar a Confins, ainda segundo a pesquisa da SAC, apenas 38% dos passageiros usam um meio público de transporte – os 10% restantes estão em conexão de outros voos. Quando se considera transporte público, 66% dos passageiros usam o táxi e somente 25% ônibus, o que encare a viagem, principalmente se se considerar que seis em cada 10 passageiros que usam o terminal voam por lazer. O psicólogo André Diniz precisa usar o aeroporto, em média, uma vez por mês. A escolha para o percurso é sempre o ônibus. “O preço do táxi é um absurdo!”. Morador do Bairro Camargos, quase na divisa com Contagem, ele vai de ônibus até a Avenida Álvares Cabral, na Região Centro-Sul, e, de lá, segue de táxi para casa, conciliando assim custo e comodidade. A viagem no ônibus executivo demora 20 minutos mais que a de táxi, e o custo é corresponde a um quinto do valor.
Apesar de o estudo não discriminar os dados do uso do transporte público para cada aeroporto, uma hora de observação no terminal deixa claro que, em Confins, a preferência do passageiro é pelo ônibus ou carro particular. O ônibus custa cinco vezes menos que o táxi e estacionar no terminal é bem mais barato que em estacionamentos do Centro da capital.
RAMAL FERROVIÁRIO A Secretaria Estadual de Gestão Metropolitana (Segem) elabora estudos para reativação de antigas linhas férreas que ligam a capital a importantes cidades da Grande BH. A expectativa é de que os editais sejam publicados nos próximos meses. Um dos ramais deve criar uma ligação entre Belo Horizonte e o aeroporto. A ideia é que o trem siga até Pedro Leopoldo, de onde sairá um ramal fazendo a ligação.