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Estado de Minas

Economia do governo para pagar dívida cai 20,5% no primeiro semestre


postado em 30/07/2013 11:01 / atualizado em 30/07/2013 13:16

O esforço fiscal do setor público caiu 20,5% no primeiro semestre em relação a igual período de 2012, de acordo com o Banco Central (BC). As contas do setor público acumulam no período um superávit primário de R$ 52,1 bilhões, o equivalente a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O superávit dos primeiros seis meses do ano é o mais baixo para o semestre desde 2010, quando somou R$ 42 bilhões. No mesmo período de 2012, o superávit primário estava maior, em R$ 65,6 bilhões ou 3,08% do Produto Interno Bruto (PIB).

O esforço fiscal no acumulado de 2013 foi feito com a ajuda de um superávit de R$ 33,7 bilhões do Governo Central (1,46% do PIB). Os governos regionais (de Estados e prefeituras) apresentaram um saldo positivo de R$ 18,4 bilhões (0,80% do PIB). Enquanto os governos de Estados registraram superávit de R$ 15,8 bilhões, as administrações municipais alcançaram um resultado positivo de R$ 2,5 bilhões. As empresas estatais registraram um superávit de R$ 15 milhões entre janeiro e junho de 2013 (0,0% do PIB).


O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, ressaltou que o superávit primário do mês passado, de R$ 5,4 bilhões, é o melhor resultado para o mês desde 2011. "Isso possibilitou a elevação do resultado acumulado em 12 meses, que voltou a 2% do PIB", comparou. Rocha salientou que os juros nominais registraram redução ante o mês anterior, atingindo a marca de R$ 17,6 bilhões em junho. Isso ocorreu, de acordo com o técnico, porque junho teve um dia útil a menos e porque o resultado do IPCA também ficou menor no mês.

As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 91,4 bilhões em 12 meses até junho, o equivalente a 2% do PIB. Segundo o Banco Central, o esforço fiscal subiu em 12 meses em relação ao período encerrado em maio, quando estava em 1,95% do PIB, ao totalizar R$ 88,8 bilhões.

O superávit em 12 meses está abaixo não só da primeira meta fixada para esta ano, de 3,1% do PIB, quanto da estimativa de 2,3% apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que também passou a ser incorporada pelo BC no mês passado como um cenário possível para 2013.


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