Depois de fechar no maior nível em mais de quatro anos, o dólar comercial continua operando em alta nesta quarta-feira, em resposta ao crescimento de 1,7% da economia dos EUA, já que investidores temem o fim do estimulo mensal de US$ 85 bilhões do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos).
Nesta manhã, o Banco Central voltou a intervir, mas às 10h55 (horário de Brasília), o dólar subia 0,61%, a R$ 2,295, após bater a máxima de R$ 2,302, com alta de 0,92% em relação ao real, cotação que não era atingida desde abril de 2009. Na véspera, dólar comercial encerrou vendido a R$ 2,2805, com alta de 0,45%. O valor é o mais alto desde 1º de abril de 2009, quando a moeda norte-americana fechou em R$ 2,2810.
No mês, o dólar subiu 2,18%. Em 2013, a cotação acumula alta de 11,35%. A moeda norte-americana chegou a iniciar o dia em baixa, atingindo R$ 2,2655 na mínima do dia, por volta das 10h30. Nas horas seguintes, porém, o câmbio voltou a subir até superar a barreira de R$ 2,28.
Nesta quarta-feira, todas as atenções estão voltadas para os resultados da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed. O encontro indicará se o Banco Central norte-americano pretende acelerar a retirada dos estímulos monetários ou se começará a agir somente perto do fim do ano.
PIB e emprego
Hoje, o país divulgou dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que aumentou 1,7% em termos anuais no segundo trimestre de 2013, de acordo com a primeira estimativa do departamento de Comércio publicada hoje, que supera a previsão dos analistas, de 1,1%. O departamento também revisou novamente em baixa o crescimento do PIB do primeiro trimestre, localizando-o desta vez em 1,1%, em vez dos 1,8% divulgados na terceira e última estimativa.
O país também informou que as contratações aumentaram em julho no setor privado. As empresas privadas criaram este mês 200.000 novos postos de trabalho, depois de ter gerado 198.000 em junho, em alta revisada (+10.000). Os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires esperavam um aumento de menos importante, de 183.000 em média. (Com agências)