Funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsáveis pelas operações de solo no aeroporto de Confins, na Grande BH, decidiram voltar às atividades após assembleia terminada por volta das 18 horas desta quarta-feira. Os aeroportuários estavam em greve de advertência, desde a manhã até às 18h. A categoria reivindica valorização profissional, maiores rejaustes salariais e melhoria nas condições de trabalho.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Aeroportuários de Minas Gerais, Leandro Castro Pinheiro, as negociações terminaram “dentro das expectativas” durante a assembleia desta tarde. O sindicato havia adiantado que, caso uma nova proposta não fosse apresentada, a greve seria mantida por tempo indeterminado. Leandro Pinheiro disse ao em.com.br, que a categoria e a Infraero ainda não chegaram à um acordo, mas que as negociações já caminham para isso.
Nesta manhã, os trabalhadores fizeram uma passeata no entorno do aeroporto de Confins e depois fecharam parte da LMG-800, que é a continuidade da MG-010, rodovia que dá acesso ao terminal aéreo. O trânsito se complicou ainda mais já que policiais civis também em greve voltaram à MG-010 para mais um protesto.
O movimento, iniciado à meia-noite, é nacional e a estimativa do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) é de que a paralisação atinja 63 aeroportos administrados pela Infraero. Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, leiloados à iniciativa privada, não serão afetados. Os servidores atuam no pátio de aeronaves, na segurança dos passageiros e no terminal de cargas e a previsão é que, pelo menos, 70% dos 13 mil funcionários participem do movimento.
Em nota, a Infraero informou que respeita a manifestação dos empregados, que os salários estão em dia, e que está negociando com o sindicato da categoria um acordo coletivo que atenda aos interesses dos funcionários e da empresa.