A produção industrial brasileira cresce 1,9% na passagem de maio para junho, informou, nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma queda de 0,30% a um avanço de 2,10%, e acima da mediana, de crescimento de 1,20%. O aumento da produção em junho é o maior desde janeiro deste ano, quando cresceu 2,7%.
No segundo trimestre, a produção aumentou 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado superou o teto das projeções do mercado (que iam de 2,30% a 4,20%).
22 dos 27 ramos investigados registram crescimento
A expansão no ritmo da atividade industrial em junho teve perfil generalizado de taxas positivas, com três das quatro categorias de uso e 22 dos 27 ramos pesquisados apontando avanço na produção. Entre as atividades, as principais influências positivas foram assinaladas por farmacêutica (8,8%), máquinas e equipamentos (3,2%), outros equipamentos de transporte (8,3%) e veículos automotores (2,0%). Vale destacar que esses setores apontaram taxas negativas em maio último: -2,2%, -4,8%, -4,1% e -2,2%, respectivamente. Outras contribuições positivas relevantes vieram de máquinas para escritório e equipamentos de informática (11,4%), indústrias extrativas (2,4%), celulose, papel e produtos de papel (2,9%), produtos de metal (3,5%) e alimentos (0,9%).
Por outro lado, entre as cinco atividades que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por refino de petróleo e produção de álcool (-4,1%) que devolveu parte da expansão de 6,5% acumulada entre março e maio.
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao avançar 6,3%, eliminou o recuo de 3,7% observado em maio último. A produção dos segmentos de bens de consumo duráveis (3,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (2,9%) também mostraram crescimento nesse mês, com ambos também revertendo os resultados negativos assinalados no mês anterior: -0,4% e -0,9%, respectivamente. O setor produtor de bens intermediários (0,0%) repetiu o patamar registrado no mês anterior, após apontar queda de 1,0% em maio.