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Estado de Minas

Empresa que terceirizava serviços para o BB teve repasses da instituição


postado em 03/08/2013 06:00 / atualizado em 03/08/2013 07:15

A empresa Lucra Soluções Financeiras, correspondente do Banco do Brasil (BB) que fechou as portas no mês passado em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, teria recebido repasses da instituição da ordem de R$ 900 mil. Os depósitos na conta da empresa teriam ocorrido em 19 de julho. Duas semanas antes de iniciar o processo de dispensa de cerca de 600 trabalhadores, sem os devidos acertos, a Lucra teria garantido a seus contratados que as rescisões dependiam de valores retidos pelo BB. “Os depósitos ocorreram, mas ninguém recebeu”, denuncia um ex-funcionário do departamento financeiro da entidade. O Estado de Minas teve acesso a recibos correspondentes a quatro remessas de pagamentos. De fato, juntos os aportes somaram pouco mais de R$ 900 mil, mas até ontem não havia sido feito o pagamento de salários e direitos trabalhistas.

A empresa Lucra atuava em frentes como recebimento de contas, saques, vendas de produtos. No início de junho, a empresa fechou mais de 90 pontos de atendimento no país, depois de o Banco do Brasil ter interrompido o contrato por não cumprimento de regras. Há denúncia de fraude superior a R$ 6 milhões, que o banco e a empresa não confirmam e nem esclarecem, sob o argumento de sigilo comercial do contrato.

A reportagem do EM conversou com a presidente da empresa, Neiva Borges de Araújo, que preferiu não se pronunciar sobre o rompimento do contrato e o acerto trabalhista. A executiva não esclareceu os motivos que levaram à rescisão, mas negou a fraude. “A denúncia de fraude é especulação”, sustentou. Segundo ela, a empresa já começou a conduzir com o Banco do Brasil o processo de desligamento dos funcionários, mas não há previsão de quando e nem de que forma os acertos de contas serão feitos. Neiva Borges disse que o BB estaria conduzindo o processo de forma bastante severa mas disse que não poderia prestar maiores esclarecimentos.

Ex-funcionários ouvidos pelo EM disseram que a situação é “desesperante” para muitos que dependiam dos salários. “A empresa poderia ter acertado com pelo menos parte dos trabalhadores”, desabafa um ex-gerente. Procurado, o Banco do Brasil não se pronunciou sobre o caso. Em nota, informou que busca, com a empresa contratada, a melhor forma de encaminhar a situação.


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