Funcionários grevistas do grupo Eletrobras fizeram nesta terça-feira, uma manifestação no Centro do Rio, que terminou sem qualquer incidente. Com palavras de ordem como "Dilma, Lobão, se não negociar, vai haver um apagão" eles atravessaram em passeata a Avenida Rio Branco.
A greve da Eletrobras e suas subsidiárias foi retomada ontem, após ter fracassado a tentativa de conciliação entre a empresa e os sindicalistas que representam a categoria na audiência da última quinta-feira no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
A paralisação foi iniciada em 15 de julho e suspensa 16 dias depois, diante da perspectiva de um acordo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia/RJ), cerca de 30% dos funcionários seguem trabalhando para manter serviços essenciais.
O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), que representa todos os sindicatos de trabalhadores na negociação havia aceitado proposta do presidente do TST, Carlos Alberto Reis, da semana passada,de um acordo válido por dois anos, de maio de 2013 a abril de 2015.
Os trabalhadores teriam direito à reposição da inflação medida pelo IPCA acumulado até maio, de 6,49%, mais ganho real de 1%. Em janeiro de 2014, a Eletrobras concederia novo reajuste com ganho real de 1%. Em maio de 2014, os salários seriam corrigidos pelo IPCA acumulado no período. Por fim, em setembro de 2014, novo ganho real de 0,5%.
Na segunda audiência, porém, a Eletrobras recusou o acordo e propôs dois anos para conceder aumento real (0,5% relativo a maio deste ano, 1% em maio do ano que vem e 1% em maio de 2015) e os trabalhadores queriam que esse realinhamento ocorresse dentro do prazo de um ano, o que os funcionários não aceitaram