O Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselha a Alemanha a "ajustar" sua política caso as perspectivas econômicas passem por uma deterioração, o que não descarta em um relatório que insiste nos riscos que pesam sobre a principal economia europeia.
Os dirigentes do FMI "estimulam um reajuste da política, caso o crescimento seja menor que o esperado", afirma um comunicado. O relatório confirma a previsão de crescimento de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, mas enumera uma série de riscos que pesam no prognóstico.
"A Alemanha está particularmente exista à desaceleração da demanda e/ou a uma pressão financeira constante", afirma o FMI. O texto afirma que a incerteza sobre a recuperação da Eurozona afeta o país.
E, como em um círculo vicioso, a deterioração das perspectivas para a Alemanha "incidiria por sua vez nas perspectivas de crescimento da região e do mundo", advertem os analistas, que citam um mecanismo de "riscos estreitamente ligados e que se reforçam mutuamente".
A política econômica de Berlim, centrada na consolidação fiscal, não agrada todos na organização. "Alguns observam margens de manobra para uma política de estímulos mais proativa", afirma o comunicado, que ressalta um antigo debate sobre o caminho que o governo de Angela Merkel deve seguir para tirar a Europa do atoleiro.
O FMI insiste na responsabilidade da Alemanha a respeito da Eurozona e de toda a Europa. O Fundo convida Berlim a comunicar claramente "uma visão de longo prazo" para a integração europeia, que seria uma "ancoragem crucial para os consumidores, as empresas e o sistema financeiro".