A saída de dólares do País superou a entrada em US$ 1,447 bilhão em julho, informou nesta quarta-feira, 7, o Banco Central. No segmento financeiro, que inclui investimentos estrangeiros e remessas de lucros, entre outras operações, o saldo ficou negativo em US$ 1,335 bilhão no período. O número é a diferença entre a entrada de US$ 40,507 bilhões e a saída de US$ 41,842 bilhões. As operações comerciais também ficaram negativas, em US$ 111 milhões no mês passado. As exportações somaram US$ 18,378 bilhões. O valor é dividido em operações de ACC (US$ 3,119 bilhões), PA (US$ 3,616 bilhões) e demais (US$ 11,643 bilhões). As importações ficaram em US$ 18,490 bilhões.
No acumulado do ano até o dia 2 de agosto, o fluxo cambial está positivo em US$ 8,597 bilhões, com saída de US$ 7,969 bilhões no segmento financeiro e entrada de US$ 16,566 bilhões no comercial. No mesmo período de 2012, o fluxo estava positivo em US$ 24,442 bilhões, com entrada de US$ 4,595 bilhões no segmento financeiro e de US$ 19,847 bilhões no comercial. Na semana passada, que inclui os três últimos dias de julho e os dois primeiros de agosto de 2013, o fluxo ficou positivo em US$ 1,106 bilhão, sendo negativo em US$ 443 milhões no financeiro e positivo em US$ 1,550 bilhão no comercial.
Os bancos encerraram julho com uma posição comprada de US$ 1,675 bilhão no mercado de câmbio. No No encerramento de junho, estavam comprados em US$ 3,063 bilhões. No final de maio, a posição comprada era de US$ 5,408 bilhões. Estar "vendido", no jargão do mercado financeiro, representa expectativa de queda do preço da moeda. Estar "comprado", por outro lado, significa aposta de que a cotação do dólar pode subir. Ao ter a moeda em caixa, é possível lucrar com uma eventual alta da moeda.
A base monetária encerrou o mês de julho com expansão de 3,6%, na comparação com junho, pelo conceito da média diária de dias úteis. A base alcançou R$ 211,544 bilhões na média diária no mês passado. Por esse conceito, o valor apresenta crescimento de 7,1% em 12 meses. A base monetária é a soma do total de papel moeda emitido com as reservas bancárias registradas pelas instituições financeiras.
Pelo conceito de saldo no final do período, a base monetária teve contração de 1,9% ante junho e alcançou R$ 210,471 bilhões no fim do mês passado. Em 12 meses, a base apresenta expansão de 3,4% no final do período.