O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje que o alto número de reclamações de consumidores que utilizam canais de atendimento de empresas do setor de telecomunicações, como telefonia, internet e TV a cabo, é proporcional ao número de brasileiros com acesso aos serviços.
Bernardo participou do 5º Encontro de Telecomunicações, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O tema do encontro foi respeito ao consumidor.
Os serviços de telecomunicações, destacou o ministro, são usados por praticamente todos os brasileiros. Essa grande acessibilidade, segundo ele, gera o alto número de queixas. “Acho que tem uma proporcionalidade nisso que explica porque os serviços [de telecomunicações] são aqueles que têm maior reclamação”.
O ministro comparou o setor com outros serviços também analisados pelo levantamento da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), como os planos de saúde. Os planos são usados por 25% da população e, por isso, acabam gerando menos reclamações.
Outro assunto discutido no encontro foi o incentivo à construção de redes de fibras óticas. Segundo Bernardo, o governo estuda investir na implementação deste tipo de rede, sobretudo nas áreas mais carentes.
“Nós não vamos investir em todos os lugares, até porque tem regiões da cidade com fartura de redes sendo oferecidas. Se você pega São Paulo, as regiões da [Avenida] Paulista, Jardins, Vila Madalena, Perdizes, com certeza, têm abundância de redes. Mas quando você vai para periferia tem, geralmente, uma rede, situação de monopólio, serviços precários”, disse ele.