O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, disse hoje que o governo tem todos os elementos para decidir sobre o adiamento do leilão do trem de alta velocidade, marcado para o dia 19 de setembro. “Nós já temos os elementos para tomar a decisão”, disse.
A data final para a decisão do governo sobre um adiamento é na próxima quinta-feira, quando as empresas interessadas em participar do leilão deverão apresentar os documentos necessários, conforme cronograma da licitação. Segundo Bernardo, a decisão deve sair o mais breve possível. “O governo quer tomar a decisão mais rápido para não ficar essa incerteza”. Segundo ele, se houver o adiamento, 90 dias pode ser um prazo razoável.
O governo recebeu um pedido formal de adiamento de grupos da Espanha e da Alemanha, que pediram mais tempo para fechar parcerias, no entanto, o governo deve exigir dos possíveis participantes um compromisso de participação no leilão para adiar a disputa. “Queremos saber se o adiamento vai resultar em um processo mais competitivo, queremos um compromisso firme”.
Figueiredo avalia que um novo adiamento do leilão não será negativo para a imagem do projeto. “Se o governo tomar a decisão de adiar é para ter um processo mais competitivo. O lado bom é que não estamos pedindo para adiar porque não tem ninguém, é porque podemos ter mais gente”, disse.
O leilão do trem-bala foi adiado várias vezes e chegou a ser feito em julho de 2011, mas não recebeu propostas. Depois disso, o governo decidiu dividir a licitação em duas etapas: a primeira vai definir o operador do trem-bala e a tecnologia a ser utilizada e a segunda vai contratar a infraestrutura do projeto.