Como a presidente Dilma Rousseff está em viagem ao Rio Grande do Sul, a decisão sobre um eventual adiamento do leilão do trem-bala deve ser tomada apenas na próxima semana, avaliou nesta sexta-feira o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele confirmou que o consórcio espanhol já entregou ao governo uma carta-compromisso garantindo a sua participação na disputa em uma nova data.
Bernardo voltou a dizer que, se houver um novo adiamento da disputa do Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligará Campinas a São Paulo e o Rio de Janeiro, o prazo máximo deve ser de 90 dias. "Os consórcios tiveram oito meses para montar suas propostas. Além disso, seria uma 'sacanagem' com os grupos que estão dispostos a participar até mesmo agora", completou. Segundo ele, essa nova postergação não atrapalharia o cronograma de construção do projeto, previsto para entrar em operação comercial na metade de 2020.
Por enquanto, apenas os franceses estariam confirmados para o leilão marcado para o dia 19 de setembro - com a entrega das propostas na próxima sexta-feira (16 de agosto). "Mas outro grupo estava correndo para finalizar uma proposta", ponderou Bernardo. Nesta quinta-feira, a Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou que os espanhóis buscavam concluir uma proposta caso o leilão não seja adiado. "E os coreanos sumiram, mas podem aparecer do nada no dia de entrega das propostas, pois eles conhecem os termos da concessão", acrescentou Bernardo.