Os aeroportuários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) decidiram manter a greve iniciada no dia 31 de julho. Em assembleias realizadas nos aeroportos de todo o país controlados pela Infraero entre segunda e terça-feira, pouco mais da metade dos funcionários (52%) do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) rejeitaram a proposta apresentada em audiência e 49% apoiaram a manutenção da paralisação - 45,7% pediram a retomada das atividades e 5,3% se abstiveram de votar.
Na audiência de conciliação, realizada na última sexta-feira, a Infraero propôs um aumento real de salário de 1% para setembro deste ano e um novo aumento real de 1,5% para setembro de 2014, além da correção da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em uma primeira reunião, na terça-feira, dia 6, os trabalhadores pediram um ganho real de 9,5%; o TST sugeriu aumento de 3%.
Os aeroportuários de Minas Gerais também rejeitaram a proposta apresentada e de acordo com o diretor do Sindicato dos Aeroportuários do Estado, Leandro Castro Pinheiro, a categoria vai se reunir para assembleia, às 10h desta terça-feira, em Confins, para decidir os rumos da paralisação. "A categoria mineira não aceitou a proposta formulada pela Infraero e TST, pois não aceita o fechamento do acordo por dois anos. Acredito que se essa proposta fosse para apenas um ano, os aeroportuários de Minas provavelmente concordariam", salienta.
Segundo Leandro Pinheiro, "os aeroportuários de Minas entendem que ao aceitar essa proposta, a categoria perde o direito de negociar um novo reajuste em 2014, um ano chave, com Copa do Mundo e eleições presidenciais, que vão movimentar os aeroportos de todo o país. Daria uma flasa impressão de que está tudo certo para a categoria, o que não é real", explica.
Em nota, o Sindicato Nacional disse que busca uma saída negociada e quer evitar um julgamento do dissídio coletivo. A Infraero informou que ainda aguarda a oficialização dos resultados das assembleias do Sina, mas afirmou que, no caso de uma impossibilidade de acordo, a decisão caberá à Justiça.
Com agências