A economia portuguesa cresceu 1,1% entre abril e junho. Após 30 meses de queda, está é a primeira vez que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresce, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), equivalente ao IBGE no Brasil.
Conforme o INE, o desempenho do PIB foi puxado pela “aceleração expressiva das exportações de bens e serviços”, da “redução menos acentuada do investimento” na construção civil e do “efeito de calendário” relativo ao período da Páscoa (este ano celebrada em março, no trimestre anterior).
De acordo com o Eurostat, gabinete de estatísticas da Comissão Europeia, o crescimento do PIB português foi o maior entre as 28 economias da União Europeia. A média de crescimento da UE foi apenas 0,3% – agravada pelas taxas negativas de economias importantes como a Suécia e a Holanda.
Em menos de uma semana, essa é a segunda boa notícia sobre a economia portuguesa. No último dia 8, o INE assinalou queda da taxa do desemprego.
Os dados, porém, não assinalam que o país tenha saído da recessão que enfrenta desde 2011. Segundo o INE, a economia encolheu 2% na comparação com o mesmo período em 2012; e a taxa divulgada hoje (14) não sobrepõe ao resultado negativo verificado entre janeiro e março deste ano (- 4,1%).
Além disso, Portugal ainda enfrenta o terceiro pior índice de pessoas sem atividade na Europa (atrás apenas da Grécia e da Espanha); tem forte indícios de aumento da pobreza na população e precisa implementar medidas de austeridade para conter o déficit público, de acordo com exigências de credores internacionais.