Brasília - Na corrida dos bancos para atrair clientes, as instituições públicas têm largado na frente. Após o Banco do Brasil (BB) ter reportado o maior lucro líquido já registrado por um conglomerado financeiro no país, de R$ 10 bilhões apenas no primeiro semestre do ano, ontem foi a vez de a Caixa Econômica Federal vir a público anunciar resultados igualmente animadores. O quarto maior banco do país alcançou lucros líquidos recordes tanto no segundo trimestre de 2013 quanto no acumulado do ano, de R$ 1,8 bilhão e R$ 3,1 bilhões, respectivamente.
O mercado recebeu os números com entusiasmo, sobretudo os que mostraram uma leve retração da inadimplência. Após quatro trimestres consecutivos em que os atrasos superiores a 90 vinham aumentando sucessivamente, a Caixa conseguiu, ao fim de junho, reduzir o volume de calotes para 2,27% das operações. Em março, esse patamar era de 2,34%, uma diferença de 0,22 ponto porcentual.
O dado mostra que, mesmo tendo expandido a carteira de crédito em 42,5% nos últimos 12 meses, para R$ 431,3 bilhões, a instituição conseguiu aumentar a participação no mercado sem se expor de forma desnecessária, disse o vice-presidente de Controle de Risco da Caixa, Raphael Rezende Neto. “Temos nos preocupado sempre em conduzir a instituição a um resultado sustentável”, ponderou. No primeiro semestre, o retorno sobre o patrimônio líquido do banco, uma média de eficiência, foi de 26,7%. Em geral, resultados acima de 20% são considerados altos para essa medida, dizem analistas financeiros.