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Estado de Minas

Bancos americanos põem freio no PIB

J.P. Morgan e Citibank revisam para baixo estimativa de crescimento da economia brasileira este ano e em 2014


postado em 17/08/2013 00:12 / atualizado em 17/08/2013 07:17

O J.P. Morgan e o Citibank, dois bancos norte-americanos, revisaram para baixo as previsões de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os economistas do J.P. Morgan, um banco de investimentos, apostam até mesmo em contração neste trimestre em comparação com o período entre maio e junho. A queda, de acordo com a estimativa, será de 0,3%. Antes, a expectativa era de alta de 1,5%.

Os economistas Fábio Akira e Cassiana Fernandes, que assinam a nota do J.P. Morgan enviada a clientes, falam em "choque de confiança na economia". Apontam como fator negativo em julho a queda nos números das sondagens realizadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com empresários de vários setores e consumidores, "que estão claramente respondendo aos protestos nas ruas". Mesmo considerando essa influência temporária, os economistas argumentam que terão "implicações de longo prazo na redução do nível de emprego".

De acordo com o J.P. Morgan, haverá uma "recuperação moderada" nos próximos meses. Outra compensação está na expectativa de que os números do segundo trimestre venham maiores do que o que vinha sendo previsto, com crescimento de 3,7% em vez dos 2,6% anteriormente esperados. Com isso, a projeção de crescimento no ano não muda: fica em 2%. Mas o efeito de carregameto para 2014 será menor do que se imaginava. Assim, a projeção do próximo ano será "provavelmente reduzida", segundo os economistas, para crescimento de 2,4% em vez de 2,7%.

No caso do Citibank, o crescimento deste ano e também o de 2014 foram revisados para baixo. O superintendente do Departamento Econômico do banco, Marcelo Kfoury, comunicou a mudança de 2,2% para 2,1% na expectativa para 2013 e, no próximo ano, de 2,5% para 2%. Em nota enviada a clientes na quinta-feira, Kfoury também mencionou a queda no carregamento na virada do ano.

O superintendente do Citibank não espera queda do PIB em nenhum período deste ano. Ele prevê crescimento de 0,9% no segundo trimestre, 0,2% no terceiro e 0,4% no quarto. No segundo trimestre, de acordo com Kfoury, a indústria produzirá 2,4% a mais, a agricultura terá expansão de 1% e o setor de serviços avançará 0,7%.

MANTEGA
Em contraste com a expectativa dos economistas dos bancos norte-americanos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem em São Paulo que o desempenho da economia brasileira no segundo semestre será positivo. "Não se justificam determinadas análises que dizem que não cresceremos nada no segundo semestre ou que em 2014 cresceremos 1%", comentou ele. "A economia cresceu razoavelmente no primeiro semestre e deve continuar crescendo no segundo semestre", completou.

As razões para otimismo nos próximos meses, segundo o ministro, são os leilões de concessão de obras de infraestrutura. Mantega, participou de um encontro de empresários organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Deixei claro para os representantes da indústria que nossa meta é tornar os leilões atrativos para o setor privado, com melhor rentabilidade", afirmou o ministro, mencionando o setor elétrico e o de petróleo e gás.


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