Belo Horizonte renasce como polo da moda. As peças produzidas na capital e na região metropolitana cruzam as fronteiras do estado – e do país – e invadem as araras de lojistas de outros estados e países. Com design diferenciado e inovador, a moda mineira conquista clientes nacionais e internacionais e dita tendências nas vitrines. O segmento já movimenta mais de R$ 2 bilhões ao ano só na confecção de roupas, calçados e bolsas na Grande Belo Horizonte, segundo dados dos sindicatos das áreas.
O Minas Trend Preview, realizado duas vezes ao ano na capital, já funciona como calendário de lançamento da moda de diversos lojistas e é alavanca para o crescimento do setor. Outro empreendimento promete movimentar a atividade do mundo da moda na capital. Trata-se do Fashion City Brasil, um mall que terá as obras iniciadas em setembro e vai ser uma verdadeira cidade da moda no Vetor Norte, localizado a quatro quilômetros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.
O governo, a indústria e as escolas de formação profissional deram as mãos para alavancar o setor e reacender Belo Horizonte como capital da moda. “O Minas Trend Preview veio resgatar essa percepção que vivia um pouco do passado. A capital voltou a constar no calendário da moda dos principais compradores”, afirma Flávio Roscoe, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis e de Malhas de Minas Gerais (Sindimalhas-MG) e da Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Até junho, as vendas de vestuário do estado registraram crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2012. Enquanto isso, no Brasil há queda de 9% nos negócios, segundo dados do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest-MG). “Estamos conseguindo crescer um pouco, apesar de toda a avalanche de produtos chineses no nosso mercado, com preços mais baratos. O resto do Brasil tem sofrido mais com a concorrência”, afirma Michel Aburachid, presidente do Sindivest.
A locomotiva para o setor, avalia, é o segmento de moda fashion, que conta com 50 empresas de pequeno, médio e grande portes. Entre elas estão marcas como Vivaz, GIG, Faven, Mabel Magalhães, Coven, Ronaldo Fraga, Victor Dzenk, Arte Sacra, Iorane Rabelo, Fruta Cor, entre outras. O segmento de uniformes também tem seguido determinadas tendências, com tecidos especiais, assim como o infantil.
Aburachid ressalta o apoio que o setor vem recebendo tanto na formação de mão de obra como na parte financeira, com feiras, eventos e pesquisas. Recentemente, o segmento têxtil conseguiu reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 18% para 4%. “O Minas Trend Preview ajudou a alavancar o lado comercial. Mais de 50% das vendas de muitas indústrias são feitas no evento. O governo tem deixado de entender um pouco de minério para entender de roupa”, destaca.
A principal deficiência vivida hoje pelo setor, segundo Aburachid, é a carga tributária federal, já que 98% das empresas do setor pertencem ao Simples. “A taxação desfavorece na hora de exportar”, diz. Outra barreira vivida pelo segmento da moda é a dificuldade na logística, segundo Rogério Lima, presidente do Sindicato de Bolsas de Minas Gerais (Sindibolsas-MG). “Hoje, nossas fábricas são dispersas. Nosso polo é prejudicado pelo fato de as empresas estarem em várias localidades. Seria preciso reuni-las para as indústrias se tornarem fortes e competitivas”, afirma. Segundo ele, a logística de desenvolvimento de produto representa de 5% a 10% do preço final das mercadorias e o transporte, de 3% a 5%. “Seria preciso ir para regiões mais próximas da matéria-prima”, diz.
No setor de calçados, o trabalho artesanal e em pedraria é o diferencial de indústrias como Junia Gomes, Luiza Barcelos, Paula Bahia e Virgínia Barros. “Há movimento em todos os segmentos para resgatar o que Minas já foi na moda. O estado estava adormecido e está voltando esse sentimento, com linha mais fina e de grande valor agregado”, diz Jânio Gomes, presidente da Indústria de Calçados do Estado de Minas Gerais (Sindicalçados-MG). Ele ressalta, no entanto, a forte concorrência sofrida pelos produtos chineses no segmento.
O Minas Trend Preview, realizado duas vezes ao ano na capital, já funciona como calendário de lançamento da moda de diversos lojistas e é alavanca para o crescimento do setor. Outro empreendimento promete movimentar a atividade do mundo da moda na capital. Trata-se do Fashion City Brasil, um mall que terá as obras iniciadas em setembro e vai ser uma verdadeira cidade da moda no Vetor Norte, localizado a quatro quilômetros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.
O governo, a indústria e as escolas de formação profissional deram as mãos para alavancar o setor e reacender Belo Horizonte como capital da moda. “O Minas Trend Preview veio resgatar essa percepção que vivia um pouco do passado. A capital voltou a constar no calendário da moda dos principais compradores”, afirma Flávio Roscoe, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis e de Malhas de Minas Gerais (Sindimalhas-MG) e da Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Até junho, as vendas de vestuário do estado registraram crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2012. Enquanto isso, no Brasil há queda de 9% nos negócios, segundo dados do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest-MG). “Estamos conseguindo crescer um pouco, apesar de toda a avalanche de produtos chineses no nosso mercado, com preços mais baratos. O resto do Brasil tem sofrido mais com a concorrência”, afirma Michel Aburachid, presidente do Sindivest.
A locomotiva para o setor, avalia, é o segmento de moda fashion, que conta com 50 empresas de pequeno, médio e grande portes. Entre elas estão marcas como Vivaz, GIG, Faven, Mabel Magalhães, Coven, Ronaldo Fraga, Victor Dzenk, Arte Sacra, Iorane Rabelo, Fruta Cor, entre outras. O segmento de uniformes também tem seguido determinadas tendências, com tecidos especiais, assim como o infantil.
Aburachid ressalta o apoio que o setor vem recebendo tanto na formação de mão de obra como na parte financeira, com feiras, eventos e pesquisas. Recentemente, o segmento têxtil conseguiu reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 18% para 4%. “O Minas Trend Preview ajudou a alavancar o lado comercial. Mais de 50% das vendas de muitas indústrias são feitas no evento. O governo tem deixado de entender um pouco de minério para entender de roupa”, destaca.
A principal deficiência vivida hoje pelo setor, segundo Aburachid, é a carga tributária federal, já que 98% das empresas do setor pertencem ao Simples. “A taxação desfavorece na hora de exportar”, diz. Outra barreira vivida pelo segmento da moda é a dificuldade na logística, segundo Rogério Lima, presidente do Sindicato de Bolsas de Minas Gerais (Sindibolsas-MG). “Hoje, nossas fábricas são dispersas. Nosso polo é prejudicado pelo fato de as empresas estarem em várias localidades. Seria preciso reuni-las para as indústrias se tornarem fortes e competitivas”, afirma. Segundo ele, a logística de desenvolvimento de produto representa de 5% a 10% do preço final das mercadorias e o transporte, de 3% a 5%. “Seria preciso ir para regiões mais próximas da matéria-prima”, diz.
No setor de calçados, o trabalho artesanal e em pedraria é o diferencial de indústrias como Junia Gomes, Luiza Barcelos, Paula Bahia e Virgínia Barros. “Há movimento em todos os segmentos para resgatar o que Minas já foi na moda. O estado estava adormecido e está voltando esse sentimento, com linha mais fina e de grande valor agregado”, diz Jânio Gomes, presidente da Indústria de Calçados do Estado de Minas Gerais (Sindicalçados-MG). Ele ressalta, no entanto, a forte concorrência sofrida pelos produtos chineses no segmento.