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Estado de Minas

Cursos de formação de profissionais para o mercado de moda proliferam em BH


postado em 18/08/2013 00:12 / atualizado em 18/08/2013 08:39

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

A qualificação para o mercado de moda pode começar no ensino médio. Os cursos técnicos na área de vestuário e modelagem têm duração de um ano e meio e preços médio de R$ 400 por mês. Há ainda os cursos gratuitos na área de confecção e moda, corte e costura, confecção de calçados e de bolsas, para alunos de 16 a 24 anos. Eles têm duração de seis meses a um ano.

Para quem já concluiu o ensino médio, o Senai oferece, em Belo Horizonte, o Moda Tec, Centro de Desenvolvimento Tecnológico para Vestuários. O curso existe há 15 anos e tem aulas nas áreas de confecção, calçados e bolsas para alunos de 16 a 50 anos. Os cursos de aperfeiçoamento e qualificação vão desde a formação de costureiras a modelagem (infantil, masculino e feminino), corte, planejamento de coleções, desenho de estampas para a impressão digital, planejamento de coleções e ilustração de moda. A duração dos cursos vai de um a dois meses e meio e os preços de R$ 300 a R$ 600.

O Moda Tec conta hoje com cerca de 1 mil alunos e a cada semestre coloca, em média, 400 deles no mercado de trabalho. “O setor demanda muita mão de obra e precisa cada vez mais de pessoas qualificadas. O consumidor está muito exigente. Há muita oferta de produtos e preços”, diz Jorge Domingos Peixoto, diretor do Senai Belo Horizonte Moda Tec.

Ele ressalta que para formar uma costureira, por exemplo, não basta só entender de costura. “É importante ter base de informática para manusear as máquinas tecnológicas que estão chegando. Já a modelista precisa ser também costureira. Buscamos formar o profissional completo”, afirma Peixoto. O salário das costureiras hoje vai até R$ 1,4 mil; o da modelista, de R$ 2 mil a R$ 3,5 mil, e o do trabalhador da área de corte gira em torno de R$ 1,3 mil. “É fundamental que a pessoa volte sempre para a escola, para agregar o que está chegando de novo no mercado”, enfatiza.

SUPERIOR

Os cursos de formação de profissionais para a área de moda crescem a passos largos. A capital conta hoje com cinco universidades com a graduação na área: Fumec, Estácio de Sá, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Centro Universitário Uni-BH e o Centro Universitário Una. Em 2015, será aberto um novo curso, na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).

Criado em agosto de 2001, o curso da Fumec é um dos mais antigos do estado e já formou mais de 1,1 mil alunos. Por semestre, saem da escola 40 profissionais, com formação em campos de varejo, stylist (imagem da marca) e estilo (criação da coleção). Hoje, a característica mais forte do curso é o estilo, mas a partir de 2014 o empreendedorismo vai ganhar força na grade curricular. “Havia demanda dos alunos, pois muitos são filhos de donos de confecção”, afirma Cássia Macieira, coordenadora do curso de moda da Fumec.

Ela ressalta que o empreendedorismo é uma forma de tentar aumentar a renda dos recém-formados, que gira, em média, em torno de três a quatro salários (R$ 2 mil a R$ 2,7 mil ) quando saem da faculdade. Uma curiosidade do curso é que as mulheres acima de 40 anos estão voltando para as cadeiras da faculdade. “A moda é uma linguagem do comportamento humano, muda muito. Para entender isso é preciso vivenciá-la”, analisa Cássia Macieira. Ela lembra ainda que é preciso entender como a cultura funciona e o cliente pensa. “O consumidor não é mais fiel às marcas. Está mais exigente, com leque maior de opções”, diz. “O e-commerce mudou o perfil do mercado. Há nova formas de atuação e é bom que o aluno esteja preparado para isso”, completa Carla Mendonça, professora do curso de design de moda da Fumec.


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