A disparada do dólar, que bateu na casa dos R$ 2,40 na última sexta-feira, tem ajudado a colocar por terra uma das principais estratégias de marketing do governo petista: a chegada do país ao posto de sexta maior economia do planeta, em 2011. O lugar de destaque foi alcançado graças ao aumento do consumo proporcionado pela elevação do poder de compra do consumidor após o controle da inflação garantido pelo Plano Real — além da valorização da moeda brasileira naquela época. Agora, no entanto, o gigante outrora adormecido caminha para o retrocesso. Além de ter voltado à sétima posição no ranking global, o país já é ameaçado pela Rússia e está vendo a combalida Itália pelo retrovisor, mas se aproximando para a ultrapassagem, na avaliação de especialistas ouvidos pelo Correio.
Pelos cálculos do economista-chefe da Austin Ratings, Alex Agostini, o país será deixado para trás pela Rússia em 2014, se continuar tendo desempenho econômico pífio e a divisa norte-americana permanecer acima de R$ 2,30. É o que pensa também o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno. Ele destaca que o câmbio, que agora atrapalha, no passado, ajudou, pois a média do dólar estava em R$ 1,67 no primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff. “A Rússia e a Itália são as maiores ameaças para o Brasil, e o país corre o risco de perder mais posições nos próximos anos”, sentencia.
Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, pondera que o sexto lugar do Brasil foi mais uma peça de marketing. “Isso serviu para propaganda política. O que importa é uma tendência que aponte para ganhos a longo prazo, e não há uma perspectiva clara de melhora. Pelo contrário, dado que o crescimento brasileiro deverá ser menor que a média mundial durante um bom tempo, e mais tímido do que o de outros emergentes, como a Índia, a tendência é ficarmos próximos do oitavo ou novo lugar novamente. Foi apenas mais um dos inúmeros sonhos do governo”, explica.
Pelos cálculos do economista-chefe da Austin Ratings, Alex Agostini, o país será deixado para trás pela Rússia em 2014, se continuar tendo desempenho econômico pífio e a divisa norte-americana permanecer acima de R$ 2,30. É o que pensa também o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno. Ele destaca que o câmbio, que agora atrapalha, no passado, ajudou, pois a média do dólar estava em R$ 1,67 no primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff. “A Rússia e a Itália são as maiores ameaças para o Brasil, e o país corre o risco de perder mais posições nos próximos anos”, sentencia.
Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, pondera que o sexto lugar do Brasil foi mais uma peça de marketing. “Isso serviu para propaganda política. O que importa é uma tendência que aponte para ganhos a longo prazo, e não há uma perspectiva clara de melhora. Pelo contrário, dado que o crescimento brasileiro deverá ser menor que a média mundial durante um bom tempo, e mais tímido do que o de outros emergentes, como a Índia, a tendência é ficarmos próximos do oitavo ou novo lugar novamente. Foi apenas mais um dos inúmeros sonhos do governo”, explica.