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Estado de Minas

BC faz mais intervenções no mercado de câmbio e dólar opera em alta nesta segunda

Nesta segunda-feira, por volta das 12h45, o dólar operava em alta de 0,37%, cotado a R$ 2,4048


postado em 19/08/2013 11:09 / atualizado em 19/08/2013 12:53

O Banco Central (BC) fez mais um leilão de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. O BC tem feito esses leilões para suavizar a alta da moeda americana. No leilão desta segunda-feira, foram ofertados 40 mil contratos, com duas datas de vencimento. Para 1º de novembro deste ano, foram negociados 26,3 mil contratos, no total de US$ 1,311 bilhão. Para 1º de abril de 2014, foram 13,7 mil contratos negociados, no valor total de US$ 676,4 milhões.

Além da operação de hoje, o BC deu continuidade ao processo de rolagem (renovação) de contratos que venceriam em setembro. O banco iniciou esse processo na última sexta-feira. Na operação de hoje, foram ofertados e negociados 20 mil contratos, no total de US$ 986,1 milhões. Nesta segunda-feira, por volta das 12h45, o dólar operava em alta de 0,37%, cotado a R$ 2,4048.

Apesar das intervenções do BC, na última sexta-feira, a moeda norte-americana encostou em R$ 2,40 e voltou a fechar no maior nível em mais de quatro anos. O dólar comercial encerrou a sexta-feira vendido a R$ 2,3960, com alta de 2,46%. A cotação é a maior desde 3 de março de 2009, quando a moeda tinha sido vendida a R$ 2,441. Na sexta-feira passada, o BC também fez leilões de swap cambial. A expectativa de instituições do mercado financeiro é que o dólar feche este ano cotado a R$ 2,30. Para o fim de 2014, a previsão é R$ 2,35.


Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.

A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Nos últimos meses, o governo brasileiro tem adotado medidas para conter a valorização do dólar. Além de vender dólares no mercado futuro, o BC retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.

A equipe econômica também retirou barreiras à entrada de capitais estrangeiros no país. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.


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