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Estado de Minas

MP pede à Petrobras documentos sobre negócios


postado em 19/08/2013 14:25 / atualizado em 19/08/2013 14:47

O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu à Petrobras documentos referentes a quatro negócios com suspeitas de irregularidades na estatal. O procurador Marinus Marsico investigará, por exemplo, possíveis danos aos cofres públicos. Em ofício encaminhado à presidente da Petrobras, Graça Foster, foi requerida documentação referente à compra da Refinaria de Pasadena (Texas, Estados Unidos), a um contrato internacional com a Odebrecht para serviços em segurança e meio ambiente, à venda da Refinaria de San Lorenzo (Argentina) e ao contrato com a Vantage Drilling Company relativa ao aluguel do navio-sonda Titanium Explorer.

Sobre Pasadena, comprada por US$ 1,18 bilhão, foram pedidas as atas e gravações das reuniões da companhia em que houve deliberação sobre a aquisição e decisões de investimento. Demonstrações financeiras da Petrobras Americas e da refinaria também foram demandadas. Marsico já investigava este caso. Ele enviou em fevereiro representação ao TCU com indícios de danos aos cofres públicos, gestão temerária e ato/gestão antieconômica. Estende agora a investigação a outros contratos, podendo ampliar o processo já existente ou abrir novos.


No caso do contrato com a Odebrecht, também foram solicitadas as atas e gravações de reuniões deliberativas, além do relatório de auditoria interna que subsidiou a revisão dos valores pactuados. A Petrobras reduziu em fevereiro o contrato de US$ 825 milhões a US$ 481 milhões após irregularidades apontadas por auditoria interna da companhia, de acordo com o que informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em junho.

Além disso, o MP pediu os contratos referentes à venda da Refinaria de San Lorenzo, na Argentina; e contrato de aluguel com a Vantage Drilling Company relativo ao aluguel do navio-sonda Titanium Explorer. Esses dois últimos casos foram citados pelo ex-funcionário da Petrobras João Augusto Henriques como suspeitos de desvio de recursos, segundo entrevista à revista Época. O ofício é datado de quinta-feira, 15, e o prazo para atendimento é de dez dias a contar do recebimento.


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