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Estado de Minas

Mantega atribui alta do dólar a estresse do mercado de câmbio

Mantega ponderou que apesar do momento turbulento, a situação no Brasil está controlada


postado em 20/08/2013 08:16 / atualizado em 20/08/2013 08:40

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu hoje a alta do dólar ao estresse do mercado. “Nós tivemos uma situação de estresse no mercado de câmbio, originada, principalmente nos Estados Unidos. Aumentou um pouco a especulação e a migração de títulos de longo [prazo] para títulos de curto”, disse, antes de participar de premiação a empresários promovida pelo jornal Valor Econômico.

Na última segunda-feira o dólar fechou em R$ 2,4159, com alta de 0,83%, e atingiu a maior cotação desde 3 de março de 2009, quando a moeda foi vendida a R$ 2,441. Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.


Mantega ponderou, no entanto, que apesar do momento turbulento, a situação no Brasil está controlada. “Embora estressado, a situação [do mercado] está sob controle. Os demais mercados no Brasil estão tranquilos, entrando recursos na conta de investimento externo direto, nas aplicações na Bolsa [de Valores], nas aplicações financeiras. A bolsa brasileira vem subindo há vários leilões consecutivos”, disse.

O ministro alertou para que os investidores não apostem em uma desvalorização muito grande do real, sob o risco de sofrerem perdas. “O câmbio no Brasil é flutuante. Ele flutua para os dois lados, tanto para o lado da desvalorização, como poderá flutuar para a valorização. Não esqueçam que isso já aconteceu recentemente. O câmbio primeiro desvalorizou, depois valorizou. Então, é preciso tomar cuidado para não se entusiasmar e achar que esse câmbio vai muito longe”, destacou.

Apesar de garantir que a situação está sob controle, Mantega declarou que o governo está pronto para agir caso a subida da moeda americana comece a pressionar a inflação. “Nós temos alguns antídotos, que são a redução das tarifas de alguns insumos, aquelas tarifas que subiram na lista de setembro do ano passado”, disse. “Não há nenhum temor de que possa haver um problema maior. A situação está sob controle. Nós temos US$ 370 milhões de reservas para sustentar algum problema maior”, acrescentou.


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