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Estado de Minas

Com alta do dólar, empresas aéreas pedem ajuda ao governo federal

Setor apresentou hoje uma lista de nove propostas ao governo, entre elas isenção temporária de tarifas


postado em 20/08/2013 16:35 / atualizado em 20/08/2013 16:40

Com a alta do dólar, as empresas aéreas querem a ajuda do governo federal para amenizar os prejuízos. Uma das sugestões é que o Fundo Nacional de Aviação Civil, criado para o desenvolvimento e fomento da aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil, cubra, pelo prazo de 180 a 240 dias, o custo das empresas com as tarifas aeroportuárias para navegação e aproximação aérea.

O fundo já é usado para cobrir esses gastos em aeroportos regionais, de menor movimento. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o custo com tarifas aeroportuárias representa 6% do total das despesas operacionais das companhias aéreas.

A Abear apresentou hoje (20) uma lista de nove propostas ao governo, sendo que parte destinada à Secretaria de Aviação Civil, e outra com as demais autoridades governamentais e o Legislativo.

Entre as propostas apresentadas à secretaria, estão a ampliação da capacidade dos pátios dos aeroportos, que trata da agilização de obras de infraestrutura ligadas aos terminais e pistas. Os empresários pediram também o upgrade tecnológico na estrutura de navegação aérea, implantação de programa de apoio para coibir ou inibir a violação de bagagens, e a atenção das autoridades a eventuais cobranças de taxas abusivas por novos concessionários aeroportuários.

Foi apresentada ainda uma lista de 61 aeroportos que devem ter atenção prioritária. Entre eles, está o de Santos, por permitirem atendimento mais rápido à demanda.

Quanto às demais propostas, referentes a outros setores do governo ou ao Congresso Nacional, a secretaria pediu prazo de dez dias para que um grupo de trabalho interministerial as analise.


“Queremos a fixação do preço do querosene de aviação de acordo com o mercado internacional”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Segundo ele, enquanto o combustível usado para a aviação representa, no exterior, 33% do custo da atividade, no Brasil, corresponde a 40%, com picos de 43%.

Os empresários defendem a unificação em 6% da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre querosene de aviação em todo o território nacional. Atualmente, o imposto varia entre 12% e 25% nos estados. A Abear pediu ainda a inclusão do setor aéreo na Medida Provisória 617, que desonera o transporte coletivo urbano do PIS e da Cofins. “Isso terá um impacto de 3,65% sobre o faturamento das empresas”, disse Sanovicz.

Na avaliação do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, não será fácil conseguir a redução do custo dos combustíveis. Quanto à questão do ICMS, demonstrou maior otimismo. “Temos conseguido grandes avanços nessas áreas porque os ganhos para os estados são muito sensíveis. Brasília teve ganho imenso, de 56 frequências novas [de voos], pelo simples fato de ter baixado de 25% para 12% a alíquota”, relatou o ministro.

Segundo Moreira Franco, a concessão de benefícios pelo governo está relacionada ao compromisso das empresas de que não haverá novas demissões no setor. “Entendemos que ajustes duros, difíceis e desconfortáveis a serem feitos nos quadros já foram feitos. Não pretendemos conduzir novos programas de demissões”, garantiu Eduardo Sanovicz. O setor emprega cerca de 30 mil trabalhadores.


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