O setor de serviços registrou crescimento nominal, que não desconta a inflação, de 8,6% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A taxa foi superior à de maio deste ano (7,6%) e inferior à de abril (11,6%). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor no país, divulgado hoje (21) pela primeira vez pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Todas as unidades da Federação apresentaram crescimento nominal do setor de serviços, sendo que as maiores taxas foram registradas em Mato Grosso (29,7%), no Acre (16,3%), Ceará (16,0%), em Mato Grosso do Sul (13,4%) e no Distrito Federal (13,2%). As menores foram observadas no Espírito Santo, em Minas Gerais e Pernambuco (todas com 5,1%), no Paraná (4,6%), Piauí (3,2%) e Rio Grande do Sul (1,6%).
Os serviços prestados às famílias registraram variação de 9%, após crescimento de 10,6% em maio e de 11,2% em abril. A participação do segmento na composição do índice geral é 7%. Os itens dessa área cujas taxas tiveram maior crescimento foram alojamento e alimentação (10,3%) e outros serviços prestados às famílias (1,2%). As maiores taxas foram observadas no Ceará (37,2%), em São Paulo (15,1%) e Goiás (9,7%). As menores, no Distrito Federal, na Bahia (4,0%), no Espírito Santo (2,2%) e Rio de Janeiro (-0,7%).
Os serviços de informação e comunicação variaram 7,6%, com destaque para os de tecnologia da informação e comunicação (TIC), com variação de 8,2%, os de audiovisuais (3,6%), edição e agências de notícias. O segmento representa 31,4% da contribuição relativa no mês, participando com 2,7 pontos percentuais na composição do índice geral. As maiores taxas desse segmento foram registradas no Distrito Federal, em Santa Catarina e São Paulo ( cerca de 10%). Minas Gerais (2,6%), Goiás, (1,6%) e o Rio Grande do Sul (0,9%) foram as unidades da Federação com as menores taxas de crescimento.
Os serviços de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com 9,8%, registraram praticamente a mesma taxa observada em maio (9,9%), inferior, porém, à de abril (14,0%). Esse segmento contribui, em termos relativos, com 34,9% e com 3 pontos percentuais, em termos absolutos, para a composição do índice geral. Na comparação com junho do ano passado, os estados que mais apresentaram alta nesse segmento de serviços foram: Santa Catarina (15,7%), o Ceará (12,8%) e Pernambuco (12,6%). As menores variações foram registradas no Distrito Federal (4,6%), Paraná (4,2%) e em Goiás (4%).
Os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram variação de 7,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra 7,6% em maio e 12,1% em abril. Com uma contribuição relativa de 18,6%, o segmento participa, em termos absolutos, com 1,6 ponto percentual para o índice geral. As maiores taxas de crescimento foram observadas na Bahia (28,3%), no Ceará (20,9%) e Distrito Federal (12,3%). As menores variações foram no Paraná (2,7%), em Pernambuco (0%) e no Rio Grande do Sul (-12,4%).
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o crescimento ficou em 8,4%. Em 12 meses, a alta foi 8,9%. Segundo o IBGE, a análise da série de 18 meses, iniciada em janeiro de 2012, revela que as maiores taxas de crescimento ocorreram nos meses de janeiro e março de 2012 (12,7%), abril de 2013 (11,8%) e outubro de 2012 (11,7%). As menores taxas foram registradas em fevereiro de 2013 (7,1%) e março de 2013 (6,1%). Foi verificado também crescimento maior no segundo trimestre de 2013 em comparação com o primeiro, com taxas de 9,2% e 7,6%, respectivamente.
A PMS produz índices nominais de receita bruta, desagregados por atividades e divididos em quatro tipos: o índice de base fixa, que permite o cálculo da variação de um mês ante a média do ano de 2011; o índice do mês frente a igual mês do ano anterior; o índice acumulado no ano; e o índice acumulado em 12 meses. As atividades pesquisadas constituem o segmento empresarial não financeiro, exceto os setores de saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram).
O IBGE informou que não há divulgação de dados com ajuste sazonal (mês ante mês imediatamente anterior), pois a dessazonalização precisa de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.