O mercado de trabalho brasileiro gerou 41.463 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Em Minas Gerais, segundo os dados do Caged, foram gerados 11.633 empregos formais em julho, equivalentes a expansão de 0,27% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.
Tal expansão em Minas decorreu do crescimento do emprego principalmente nos setores da agropecuária (+3.695 postos, saldo influenciado pela particularmente pelas atividades de cultivo de café:+1.867 postos), da indústria de transformação (+2.931 postos), da construção civil (+2.009 postos), dos serviços (+1.571 empregos) e do comércio (+1.096 postos).
Nos sete primeiros meses deste ano, houve acréscimo de 144.366 postos (+3,47%). E nos últimos 12 meses, verificou-se expansão de 1,89% no nível de emprego ou 79.849 postos de trabalho.
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A criação de empregos formais em todo o país no mês de julho é a pior registrada para esse mês desde 2003 - quando a geração de postos de trabalho foi de 57 mil. O resultado mostra um crescimento de 0,10% em relação ao mês anterior, quando foram criados 123.836 postos com carteira de trabalho. “Crescemos menos, mas continuamos gerando empregos. Em 2013 já foram criados 907 mil postos de trabalho, mantendo uma média de 100 mil empregos por mês”, analisou o ministro.
O resultado do Caged em julho revela uma queda de 70,9% em relação ao mesmo mês de 2012, quando foram criadas 142.496 vagas. No acumulado do ano, de janeiro a julho, foram criados 907.214 postos formais, pior resultado para o período desde 2009.
Os dados ficaram bem abaixo das expectativas de mercado, no entanto, o ministro disse nesta tarde, que o crescimento do emprego deve continuar nos próximos meses. “O conjunto da economia está gerando empregos, principalmente no interior do país. Acredito que vamos gerar empregos, pois há investimento na economia do país e nos próximos meses, começam as contratações para o fim do ano”, avalia. O resultado revela a geração de 1.781.308 admissões e 1.739.845 desligamentos no mês de julho.
Dentre os oito setores de atividade, seis aumentaram o nível de emprego, sendo a agricultura que obteve a maior taxa de crescimento com 18.133 novas vagas (+1,08%), seguida do setor de serviços com 11.234 postos (+0,07%) e a indústria da transformação com +7.154 postos (+0,09%).
A construção civil com 4.899 (+0,15%), o comércio com 1.545 (+0,02%) e a administração pública com 55 postos (+0,01%) também apresentaram desempenho positivo. Os setores que apresentaram declínio no nível de emprego foram os serviços industriais de utilidade pública com -1.321 postos (-0,34%) e a extrativa mineral com -236 postos (-0,10%).
Em termos geográficos a expansão foi verificada em praticamente todas as regiões. O Sudeste criou 17.418 empregos (+0,59), seguido do Centro-Oeste com 16.775 postos (+0,22%), do Nordeste com 10.005 postos (+0,16%) e do Norte com 7.765 (+0,43%). A única exceção foi a região Sul, com queda de 500 postos de trabalho (-0,01%).
Entre os 27 estados, 21 revelaram crescimento do emprego, com destaque para Minas Gerais (+11.633 postos), São Paulo (+8.474 postos) e Mato Grosso (+4.396 postos). O estado de Sergipe também merece destaque, em julho de 2013, gerou 1.651 postos (+0,58%), terceiro melhor resultado para o mês na série do Caged e mais favorável que julho de 2012.