“A inflação do período ficou menor em Belo Horizonte porque os preços dos produtos e serviços ficaram menores do que os da média do país”, observa Antônio Braz, analista do IBGE na capital mineira. De acordo com ele, o que não se esperava é que o grupo “transportes” fosse continuar caindo. “Era de se esperar que o efeito da redução das tarifas de ônibus já tivesse acabado, mas o IPCA-15 pega metade de um mês e metade do outro”, observa.
Tomando-se os resultados mensais na RMBH, as principais contribuições para a redução da variação do IPCA de agosto em relação ao mês de julho (0,14%) vieram das variações negativas de 0,39% do grupo alimentos e bebidas, continuando a redução apresentada no mês anterior (-0,29%). Além disso, houve queda de 0,91% nos transportes e de 0,32% nos artigos de vestuário. Segundo o IBGE, somente os grupos “artigos de residência”, “saúde” e “cuidados pessoais e educação” apresentaram variações em agosto superiores às do mês anterior. Em seis das 11 regiões pesquisadas houve deflação no grupo “alimentos e bebidas”. A alimentação no domicílio apresentou queda de 0,68% contra uma elevação de 0,25% na alimentação fora do domicílio.