O dólar comercial opera próximo da estabilidade na tarde desta quinta-feira, depois de atingir a maior cotação em quase cinco anos na véspera. Por volta das 13h (horário de Brasília), a moeda norte-americana recuava 0,17%, cotada a R$ 2,447 para a venda. Apenas ontem, apesar das atuações do Banco Central (BC), a divisa disparou 2,38% e fechou vendida a R$ 2,4512. A cotação é a maior desde 8 de dezembro de 2008, quando a moeda foi vendida a R$ 2,4730. No ano, o dólar subiu 19,68% – apenas em agosto, houve aumento de 7,39%.
Nesta quinta-feira, o Banco Central (BC) deu continuidade à estratégia de intervenções no mercado de câmbio. As ações do BC para suavizar a alta da moeda americana, no entanto, não têm conseguido impedir a disparada do dólar, uma vez que o Brasil sofre turbulências do mercado financeiro global.
Conforme anunciado ontem (21), foi realizada hoje mais uma operação de renovação (rolagem) de contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Na semana passada, o BC informou que faria esses leilões de renovação de contratos com vencimento em 2 de setembro deste ano. Essas operações também foram realizadas nos dias 16, 19, 20 e 21 deste mês. No leilão de hoje, foram negociados os 20 mil contratos ofertados, com nova data de vencimento em 1º de abril de 2014. A operação totalizou US$ 986,4 milhões.
Também foram realizados hoje leilões de venda de dólares para os bancos, com compromisso de recompra pelo BC. A oferta era de até US$ 4 bilhões, com liquidação da operação de venda pelo BC no próximo dia 26. Na primeira operação, nenhuma das propostas das instituições financeiras foi aceita pelo BC. No segundo leilão, com liquidação de compra no dia 1º de abril de 2014, a taxa de corte ficou em R$ 2,568759. A taxa de venda usada na operação foi a Ptax (média ponderada das cotações de compra e venda diária do dólar) das 11h, de R$ 2,447600. Nesse tipo de leilão, o BC não divulga, no mesmo dia, o valor da operação.
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) disse na ata da sua última reunião, divulgada ontem, que o programa de estímulos pode começar ainda este ano e acabar em meados de 2014. Para isso, porém, a instituição informou que é preciso a economia melhorar ainda mais. A decisão de colocar fim aos estímulos mensais de US$ 85 bilhões não é unanime, parte dos diretores avaliam que ainda é cedo e querem ver, antes, uma retomada mais consistente do mercado de trabalho. (Com Agência Brasil)