O secretário de Planejamento Energético e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura, disse nesta segunda-feira, que o gás não convencional em terra no Brasil será voltado para geração termelétrica e de funcionamento permanente.
Os blocos que serão ofertados no leilão de novembro serão localizados próximos das linhas de transmissão de energia do país. Segundo Ventura, o objetivo é transformar o gás em energia elétrica na boca do poço e jogá-lo na rede.
A estratégia é utilizar o gás sem a necessidade de construção de uma rede de gasodutos, conforme experiência da OGX/MPX no Maranhão. De acordo com ele, a meta é que este gás tenha preço competitivo, entre US$ 4 a US$ 6 por milhão de BTUs, de forma que as termelétricas possam se manter permanentemente ligadas.
Seriam diferentes, por exemplo, de termelétricas movidas a derivados de petróleo, que são mais caras e acionadas apenas como complementação do sistema. É o caso de quando chove pouco e os reservatórios das usinas hidrelétricas estão vazios.
O preço médio do gás atualmente no Brasil está em torno de US$ 17 por milhão de BTU, disse o executivo. Segundo Ventura, apenas depois de descoberto o gás não convencional em terra e provada a comercialidade do campo é que poderia ser aprovada a construção de gasodutos. Ventura participou do Brazil Energy and Power, seminário sobre energia organizado pela Câmara de Comércio Americana.