A parcela de títulos prefixados na Dívida Pública Federal (DPF) caiu de 40,01% em junho para 37,78% em julho. Os papéis atrelados à Selic, por outro lado, aumentaram a fatia de 21,44% para 22,42%. Os títulos remunerados pela inflação representaram 35,12% do estoque da DPF em julho, ante 34,07% em junho. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,48% para 4 68%. O Tesouro Nacional divulgou os dados na tarde desta segunda-feira, 26.
Segundo os parâmetros estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), a participação dos títulos prefixados no total da dívida está abaixo da banda mínima, que é de 41%. Os papéis remunerados pela Selic, por outro lado, estão acima da banda superior do PAF, que é de 19%.
Com as turbulências do mercado financeiro, o Tesouro Nacional promoveu um resgate líquido de títulos de R$ 47,345 bilhões em julho. Com isso, o estoque da dívida pública federal (DPF) caiu R$ 28,574 bilhões no mês, atingindo R$ 1,957 trilhão. Em junho, o estoque estava em R$ 1,985 trilhão. Conforme o balanço, de junho para julho, a dívida caiu 1,44%.
Os dados mostram que a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 1,60% no mês passado (R$ 30,356 bilhões), atingindo R$ 1,864 trilhão. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu R$ 1,781 bilhão, o equivalente a 1,96%, fechando o mês em R$ 92,70 bilhões.
A queda da dívida total ocorreu apesar de o Tesouro ter feito um total em emissões diretas de títulos (fora do mercado) de R$ 853 94 milhões. Entre essas emissões, estão R$ 518 milhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que financia a redução na conta de luz.
A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu para 22,40% em julho, segundo o Tesouro. Em junho, o estoque da dívida com vencimento em um ano estava em 22,50%. O prazo médio da dívida subiu de 4 26 anos em junho para 4,38 anos em julho.