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Estado de Minas

Embratur pede que FIFA e hotéis brasileiros reduzam os preços para a Copa de 2014

Levantamento verificou que as tarifas médias em São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Natal, Fortaleza, Curitiba e Belo Horizonte cobradas para o período da Copa também são superiores às praticadas nas cidades alemãs em 2006


postado em 26/08/2013 15:18 / atualizado em 26/08/2013 19:31

A Embratur - Instituto Brasileiro de Turismo enviou nesta segunda-feira um comunicado oficial para a Fifa e para representantes do setor hoteleiro de todo o Brasil solicitando a renegociação dos preços das diárias de hotéis e pousadas estabelecidos para a Copa do Mundo 2014.

No comunicado, a Embratur diz que "o que se nota é a projeção de um estratosférico crescimento das tarifas hoteleiras no período da Copa do Mundo em 2014, sem que haja razão objetiva para essa tendência. Evidentemente que períodos de maior demanda implicam reajustes de preços, contudo o que se questiona é o patamar em que isso pode ocorrer, já que a chamada 'lei da oferta e da procura' certamente irrevogável, também não pode ser absolutizada ao ponto de conduzir a absurdos".

O Instituto de Turismo tem realizado diversos estudos a respeito das tarifas hoteleiras praticadas no país. Recentemente, o instituto divulgou uma pesquisa comparando as tarifas cobradas para o período da Copa do Mundo com período convencional - entre julho e agosto de 2013 -, que apontou variações tarifárias da

ordem de até 583%. Em todas as outras cidades-sede também foram veriflcados reajustes acima de 100% nas tarifas. O estudo se baseou nos valores apresentados pelo próprio site da FIFA, comparando-os com as tarifas cobradas pelos mesmos hotéis em seus sites de reserva ou sites de reservas de viagens online, para estadia entre julho e agosto deste ano. Foram pesquisados apenas quartos de iguais padrões entre as consultas.

Considerando apenas os hotéis disponíveis para reserva no site da FIFA, a cidade do Rio de Janeiro já apresenta tarifa média de USS 461 para estada entre 20 e 24 de junho de 2014, ou seja, sequer abrangendo o período da final do torneio. Em contrapartida, o estudo “Placar da Hotelaria 2015”, realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), em parceria com a Hotel Invest e a STR Global,
(foto: Eduardo Almeida/RA Studio)
(foto: Eduardo Almeida/RA Studio)
mostra que a tarifa média na cidade de Berlim durante todo o período da Copa do Mundo de 2006 foi de USS 186. Outras cidades como Munique (USS 191), Colônia (USS 150) e Dusseldorf (USS 167) também apresentaram tarifas inferiores ao Rio de Janeiro.

O levantamento da Embratur também verificou que as tarifas médias em São Paulo (USS 332), Salvador (USS 373), Porto Alegre (USS 273), Natal (USS 354), Fortaleza (USS 388), Curitiba (USS 253) e Belo Horizonte (USS 353), cobradas para o período da Copa de 2014, também são superiores às praticadas nas cidades alemãs em 2006. As demais sedes brasileiras não possuíam amostras suficientes para uma maior abrangência da pesquisa.

Com base em tais números, a Embratur propõe no comunicado que "as empresas envolvidas em tão importante evento global é se estamos diante de práticas saudáveis de mercado e que conduzirão aos melhores resultados. Queremos garantir o sucesso econômico e de legado para o país para alérn da Copa do Mundo".

O Instituo de Turismo sugeriu ainda que as empresas envolvidas com a hospedagem brasileira realizem rodadas de negociaçâo para uma repactuação das tarifas, dos bloqueios e dos percentuais de mark up acordados, levando em conta o que foi praticado nas Copas da Alemanha e da África do Sul. "Frisamos que identificamos percentuais de mark up cobrados pela FIFA/MATCH superiores a 40% sobre o valor contratado com o hotel, o que contribui decisivamente para a elevação do já alto patamar das diárias dos hotéis", explica no comunicado.


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