O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ressaltou nesta segunda-feira que são "passageiras" as dificuldades que o Brasil enfrenta hoje provocadas pela intensa depreciação do real ante o dólar. "Temos de ver a duração do movimento do câmbio", destacou. Contudo, Mantega apontou que o movimento da divisa do país ante à dos Estados Unidos será bem suavizado à medida em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) definirá os passos da política monetária no curto prazo e com a melhora da economia mundial.
De acordo com ele, com a evolução de EUA, China e Zona do Euro que é desenhada para este semestre e sobretudo 2014, "a economia global sairá do buraco" provocado pela crise surgida em 2008. Neste contexto, Mantega destacou que o Brasil terá condições de crescer mais em 2013, do que a alta de 0,9% apurada em 2012. "A nossa última previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) é de crescimento de 2,5% em 2013 e de 4% para 2014", afirmou.
Concessões
O ministro da Fazenda ressaltou também que são muito positivas as perspectivas de rentabilidade para os grupos privados que vencerão as concessões públicas em vários setores de transportes nos próximos meses. Segundo Mantega, a taxa interna de retorno (TIR) na área rodoviária deve chegar a "14%, 15% reais por 30 anos, o que é patamar que, dificilmente, terá paralelo em outros países".
"Eu mesmo fiz umas 15 reuniões com o setor de concessões, discutindo dados, abrindo as planilhas, e todos saíram satisfeitos", afirmou. "Não vejo mais críticas nesse ponto. Esse número era menor, atualizamos uma série de dados, como custo do investimento, está tudo atualizado. Era uma TIR de 5,5% e, talvez, nem chegasse a isso. Nós melhoramos o sistema de financiamentos, pois reduzimos os juros e aumentamos os prazos, diminuímos garantias, o que dá a chamada TIR alavancada de 15% a 16%", disse.