O Banco Central (BC) anunciou hoje a renovação de 135,3 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Segundo comunicado do BC ao mercado, os contratos venceriam no dia 1º de outubro, e os leilões para a rolagem ocorrerão nos dias 16, 17 e 18 de setembro.
De acordo com a instituição, serão ofertados 40 mil contratos nos dias 16 e 17 e 55,3 mil no dia 18. O horário e as demais condições de cada oferta serão divulgados por comunicado na véspera dos leilões.
Hoje o Banco Central deu continuidade ao programa de leilões diários de dólares. No de hoje, de swap cambial, foram negociados todos os 10 mil contratos ofertados, no total de US$ 498,1 milhões. A data de vencimento dos contratos é 2 de dezembro de 2013.
No último dia 22, o BC anunciou que faria leilões de swap cambial de segunda a quinta-feira, com oferta de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido ao mercado o crédito de até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra. Na última sexta-feira, foi feito o primeiro leilão dessa programação.
Segundo o BC, esse programa se estenderá, pelo menos, até 31 de dezembro de 2013, e pode totalizar US$ 60 bilhões. A autoridade monetária informou ainda que poderá fazer operações adicionais, se julgar apropriado. De acordo com pesquisa do Banco Central feita com instituições financeiras, o dólar deve encerrar este ano cotado a R$ 2,32.
Para o BC, o anúncio prévio dessas operações ajuda a aumentar o horizonte de planejamento dos agentes econômicos e a reduzir as oscilações da cotação do câmbio. A programação de leilões diários é pouco usual. A ação da autoridade monetária lembra o período de tensão pré-eleitoral, em 2002. Naquele ano, o BC fez intervenções diariamente chamadas de “rações diárias” no mercado.
A alta da moeda no país é reflexo da intenção do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de reduzir os estímulos monetários. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.