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Estado de Minas

Cardápio terá preço menos salgado em Confins

Trattoria Grill vence licitação da Infraero de primeiro restaurante com preços controlados no aeroporto mineiro. O aluguel do espaço ficou 74% menor e comida deve ficar bem mais barata


postado em 29/08/2013 06:00 / atualizado em 29/08/2013 07:35

Atualmente, altos preços cobrados por lanches nos estabelecimentos do terminal assustam os passageiros(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press %u2013 20/5/13)
Atualmente, altos preços cobrados por lanches nos estabelecimentos do terminal assustam os passageiros (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press %u2013 20/5/13)

Depois de nenhuma empresa ter se interessado para a primeira licitação do restaurante popular com preços controlados no Aeroporto Internacional Trancredo Neves (Confins), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) realizou um segundo processo que foi finalizado na manhã de ontem. Desta vez, o Restaurante Trattoria Grill foi o vencedor da disputa. O prazo máximo previsto em edital para o início do funcionamento é de cinco meses, contados a partir da assinatura do contrato.


O pregão, realizado no auditório da Infraero, em Confins, contou com a presença de duas empresas: Cook Empreendimentos em Alimentação, ofertando o valor mensal inicial de R$ 5,5 mil pela locação do espaço, e o Restaurante Trattoria Grill, com oferta de R$ 7,2 mil. Já na fase de lances para decisão de melhor oferta, o Trattoria finalizou com valor mensal de R$ 16 mil pelo aluguel, preço três vez maior que o inicial previsto na proposta da Infraero, fixado em R$ 5 mil. A concessão foi estabelecida para 84 meses, mas a Infraero pode vedar a prestação de serviços, venda ou exposição de produtos a seu critério, caso eles sejam considerados inadequados ou não condizentes com a licitação.

O administrador do restaurante vencedor da licitação, Ricardo Bauer Ferreira, explica que já tem um comércio no aeroporto há cinco anos, o Restaurante Do Rosa, pelo qual paga R$ 63 mil de aluguel mensal por uma área de 120 metros quadrados. O contrato do antigo comércio vence no fim deste ano e a expectativa do administrador é fechar o estabelecimento e aproveitar a mão de obra e as máquinas que já tem. “Entrei na concorrência pelo preço mais barato e por já conhecer a clientela de aeroporto. Vou aproveitar a equipe que já trabalha comigo e tentar levar os antigos clientes para o novo empreendimento”, explica.

O administrador do restaurante popular com preços controlados vai contar com uma redução de 74% no valor do aluguel, pagando R$ 16 mil ao invés de R$ 63 mil. No entanto, os descontos nos itens básicos pesquisados pela reportagem serão menores que a baixa do aluguel. O quilo da comida self-service no restaurante popular será vendido por R$ 31,90. Hoje o quilo é vendido no Restaurante do Rosa por R$ 78,90, com queda de 59%. Os sucos naturais de laranja e limão, que hoje custam R$ 6,90, serão vendidos a R$ 3,65, uma variação de 47%. A água terá variação de 57%, já que é vendida a R$ 3,90 e no popular será comercializada por R$ 1,65. O refrigerante em lata é o item que apresentou o menor desconto, apenas 36% já que é vendido a R$ 5,50 e no popular vai custar R$ 3,50.

Levantamento

De acordo com a Infraero, os preços diferenciados foram determinados por meio de pesquisa no mercado local, com restaurantes da mesma categoria. Além dos valores, o edital define as variedades mínimas de opções de comida disponíveis no bufê. De acordo com Ricardo Ferreira, a expectativa é que o restaurante fique pronto e comece a funcionar até o fim do ano. Pagando um aluguel menor e praticando os preços mais baixos, estabelecidos pela Infraero, o administrador pretende conquistar uma nova freguesia. “Com o aluguel que nós pagamos hoje, não há como vender um pão de queijo por R$ 2,50. Com a locação mais barata, será possível estabelecer um preço mais em conta para o consumidor, que vai passar a consumir mais”, comenta.

Serão três áreas a serem exploradas na concessão. Uma localizada na Praça de Alimentação no terraço do Aeroporto de Confins, contemplando 104,50 metros quadrados, onde será implementado o restaurante. As outras duas de 9,04 e 9,08 metros quadrados ficam no subsolo do aeroporto e serão destinadas à instalação de depósitos e estoque de suprimentos.

O modelo da loja é uma variação do conceito das lanchonetes populares que também serão instaladas nos aeroportos. O objetivo é oferecer uma opção mais acessível de alimentação para os usuários de aeroportos e estimular a competição. A Infraero prevê a instalação de estabelecimentos com preços controlados em todos os aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo.

 

Enquanto isso, aéreas condenadas

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou ontem, por unanimidade, um grupo de companhias aéreas pela prática de cartel no mercado brasileiro de transporte de cargas. As investigações comprovaram que as companhias combinaram não apenas os valores, como também as datas para a aplicação do chamado “adicional de combustível” sobre os valores dos contratos com os clientes, pelo menos entre 2003 e 2005. As multas aplicadas somam R$ 289 milhões. Após quase cinco horas de julgamento, foram condenadas a italiana Alitalia, a norte-americana American Airlines e as brasileiras Varig Log (atualmente fora de atividade) e a ABSA Cargo Airline (vinculada ao Grupo LAN e que atualmente opera com a TAM Cargo). 


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