O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para a composição do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), registrou taxa de variação de 0,14% em agosto, uma desaceleração na comparação a julho (0,30%). O índice Matérias-Primas Brutas colaborou para o resultado ao sair de uma variação de 0,54% para -0,74%, na mesma base de comparação.
Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens soja em grão (de 4,92% para -3,77%), milho em grão (de -2,96% para -6,93%) e bovinos (2,94% para 1,15%). Ainda dentro do grupo, registraram acelerações os itens minério de ferro (-4,32% para -2,35%), suínos (-1,51% para 5,06%) e laranja (-3,24% para 5,17%).
O índice referente ao grupo Bens Intermediários também recuou (de 0,99% em julho para 0,80% em agosto), puxado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 1,34% para 0,80%). Também desacelerou o índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, de 1,09% para 0,80%.
Entre os três estágios do IPA, o único que apresentou aceleração foi o índice relativo a Bens Finais (de -0,58% para 0,21%), com contribuição de alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -6,64% para -1,75%. O índice Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, subiu de 0,29% em julho para 0,57% em agosto.
Influências
A lista de maiores pressões negativas no IPA de agosto é composta por soja em grão (de 4,92% para -3,77%), milho em grão (de -2,96% para -6,93%), minério de ferro (de -4,32% para -2,35%), mandioca (de -1,52% para -5,51%) e batata-inglesa (de -4,87% para -5,66%).
Já entre as maiores influências positivas aparecem leite in natura (de 3,72% para 4,02%), aves (de 2,23% para 3,86%), carne bovina (de 1,85% para 2,37%), bovinos (de 2,94% para 1,15%) e querosene de aviação (de 3,52% para 7,52%).