Milhares de funcionários do McDonald's e de outras redes de fast-food participaram nesta quinta-feira de uma nova greve nos Estados Unidos para exigir aumento salarial e melhores condições de trabalho. Os funcionários pedem um salário mínimo de 15 dólares por hora, mais do que o dobro atual de 7,25 dólares.
O salário médio no setor alimentício em Nova York é de 9 dólares por hora. Mas a diferença de seus colegas de outros restaurantes, é que os empregados de redes de fast-food não recebem gorjetas. O protesto organizado para esta quinta será "o maior a atingir a indústria de fast-food".
Desde muito cedo, várias pessoas manifestaram em frente a uma loja do McDonald's na Quinta Avenida em Nova York. "Eles ganham milhões graças ao nosso trabalho, podem pagar mais", explicou à AFP Shaniqua Davis, de 20 anos e mãe de um bebê de um ano, que recebe entre 71 e 150 dólares por semana em um McDonald's do Bronx (norte de Nova York).
Tyeisha Batts, de 27 anos, trabalha no Burger King por 7,25 dólares por hora. "Mas apenas 28 horas por semana, porque se um funcionário trabalha 30 horas é obrigado a receber um seguro médico", explica. Seus horários trocam constantemente e, quando há poucos clientes, ela é mandada para casa. De um salário semanal de 100 dólares, 30 são para pagar o transporte, afirma.
O movimento, que começou em novembro em Nova York com 200 grevistas, não para de crescer. Mais de 50 cidades aderiram esta segunda greve, incluindo Nova York, Boston (noroeste), Chicago (norte), Denver (oeste), Detroit (norte), Houston (sudoeste) e Los Angeles (oeste). Se o salário mínimo tivesse seguido o ritmo da inflação, o aumento salarial se situaria atualmente em 10 dólares, indicou o jornal The New York Times em um editorial sobre este movimento.