O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil, medido pelo HSBC, subiu para 49,4 pontos em agosto, de 48,5 pontos em julho, já com ajuste sazonal. Apesar do aumento, a instituição considera que o resultado indica "uma deterioração, embora mais lenta, das condições operacionais do País".
Em nota, o HSBC aponta que "o PMI aumentou durante o último mês, indicando, de modo geral, uma deterioração marginal, com as taxas de contração se atenuando em relação a julho. A redução na entrada de novos pedidos levou as empresas a reduzir ainda mais o número de funcionários".
O PMI é um indicador derivado de índices de difusão individuais que medem as mudanças na produção, pedidos, emprego, prazos de entrega dos fornecedores e estoques de insumos. Leituras acima de 50 indicam uma expansão e as abaixo dessa marca, contração.
A produção industrial caiu pelo segundo mês consecutivo, segundo o HSBC. A instituição aponta ainda que os níveis mais baixos de pedidos têm sido registrados por dois meses consecutivos, porém com um ritmo mais lento em agosto.
"Os negócios para exportação caíram mais uma vez em agosto, refletindo em parte uma demanda mais fraca proveniente dos clientes argentinos e europeus. Ao mesmo tempo, a atividade de compra contraiu-se ligeiramente em agosto", aponta ainda o HSBC.
Os fabricantes reduziram a força de trabalho, com declínio moderado no nível de emprego e perdas em especial nos produtores de bens de capital.
"Em meio a relatos de uma depreciação persistente do real em relação ao dólar americano, os níveis de custos dos fabricantes cresceram pela taxa mais acentuada em quase cinco anos em agosto. De modo semelhante, aumentaram os preços médios de venda", diz a nota do HSBC.