Aluna da Escola Estadual Catarina Jorge Gonçalves, no Bairro Água Branca, em Contagem, Ester Luiza Guerra, de 14 anos, aprendeu a poupar parte da mesada. Resultado: a economia com os trocados que antes eram gastos com balas e outras guloseimas lhe permitiu comprar um notebook. "Aprendi noções de orçamento doméstico e a ter maior responsabilidade com o dinheiro", diz a garota. Ela é uma dos cerca de 450 estudantes do programa Economia Pessoal, formatado com o apoio do Sebrae pela americana Junior Achievement, uma associação educativa sem fins lucrativos e criada há quase 100 anos para estimular o empreendedorismo entre os jovens.
O projeto, exclusivo a meninos e meninas do 8º ano de escolas públicas, dura 10 semanas e é aplicado, nas próprias salas de aula, por voluntários que têm experiências em negócios e gerenciamento de orçamentos. "Os jovens aprendem conceitos sobre educação financeira. Um ponto positivo é que o aluno consegue repassar o que assimilou à própria família. O programa é um multiplicador de ideias", diz Ana Luiza Gomes Pereira, analista da Junior Achievement. Para isso, acrescenta a especialista, os voluntários recorrem a algumas ferramentas curiosas e que despertam o interesse dos estudantes para a administração de orçamentos e para o empreendedorismo.
É o caso, por exemplo, do cartão situação financeira. Trata-se, na prática, de cartas semelhantes a de baralhos, mas que simulam situações em que os alunos aplicam conhecimentos sobre concessão de créditos com base no chamado três cês: caráter para compra, capacidade e capital. "Baseado nesses conceitos, os estudantes vão decidir, como se fossem gerentes de bancos ou analistas de crédito, se concedem ou não empréstimos a outras pessoas. Cada carta propõe uma simulação. Os grupos de até cinco alunos é que vão discutir, com base nos três 'cês', os problemas", acrescentou Ana Luiza.
Uma das cartas, por exemplo, propõe o desafio de liberar ou não um crédito educativo de R$ 10 mil, renovável a cada ano, durante quatro anos para uma universitária. A pessoa é caloura e trabalha meio horário. O empregador dela disse, espontaneamente, que a mesma é uma trabalhadora excelente e com potencial para ser gerente (da empresa). Os grupos de aluno terão de decidir se vão conceder o crédito.
Ester, a estudante que freou os gastos com guloseimas para comprar um computador portátil, assimilou bem o conceito de crédito. Durante o programa, ela pediu ao pai que lhe abrisse uma caderneta de poupança numa instituição financeira. "Agora sou uma mais responsável", disse a garota, que pretende cursar uma faculdade de direito ou de educação física. A carreira profissional também é um dos pilares do curso. Jovens são orientados a ter posturas diante de várias situações. Uma delas é a simulação de entrevista de emprego.
Andressa Quintino Medeiro, de 14, se recorda das lições. "Percebi o quanto é importante a gente se preparar para uma entrevista de emprego", orienta a garota, que, como os colegas da Escola Estadual Margarida Brochado, no Bairro Santa Helena, na Região do Barreiro, aprendeu a elaborar currículos. O jovem Lucas Martiniano de Souza Lima, de 17, também participou do curso. "O curso me ajudou a pensar no meu futuro profissional e a me educar financeiramente. Comecei a economizar mais e repassei os conhecimentos aos meus pais", disse o rapaz, que participou do curso por meio do instituto da Unimed.
O projeto, exclusivo a meninos e meninas do 8º ano de escolas públicas, dura 10 semanas e é aplicado, nas próprias salas de aula, por voluntários que têm experiências em negócios e gerenciamento de orçamentos. "Os jovens aprendem conceitos sobre educação financeira. Um ponto positivo é que o aluno consegue repassar o que assimilou à própria família. O programa é um multiplicador de ideias", diz Ana Luiza Gomes Pereira, analista da Junior Achievement. Para isso, acrescenta a especialista, os voluntários recorrem a algumas ferramentas curiosas e que despertam o interesse dos estudantes para a administração de orçamentos e para o empreendedorismo.
É o caso, por exemplo, do cartão situação financeira. Trata-se, na prática, de cartas semelhantes a de baralhos, mas que simulam situações em que os alunos aplicam conhecimentos sobre concessão de créditos com base no chamado três cês: caráter para compra, capacidade e capital. "Baseado nesses conceitos, os estudantes vão decidir, como se fossem gerentes de bancos ou analistas de crédito, se concedem ou não empréstimos a outras pessoas. Cada carta propõe uma simulação. Os grupos de até cinco alunos é que vão discutir, com base nos três 'cês', os problemas", acrescentou Ana Luiza.
Uma das cartas, por exemplo, propõe o desafio de liberar ou não um crédito educativo de R$ 10 mil, renovável a cada ano, durante quatro anos para uma universitária. A pessoa é caloura e trabalha meio horário. O empregador dela disse, espontaneamente, que a mesma é uma trabalhadora excelente e com potencial para ser gerente (da empresa). Os grupos de aluno terão de decidir se vão conceder o crédito.
Ester, a estudante que freou os gastos com guloseimas para comprar um computador portátil, assimilou bem o conceito de crédito. Durante o programa, ela pediu ao pai que lhe abrisse uma caderneta de poupança numa instituição financeira. "Agora sou uma mais responsável", disse a garota, que pretende cursar uma faculdade de direito ou de educação física. A carreira profissional também é um dos pilares do curso. Jovens são orientados a ter posturas diante de várias situações. Uma delas é a simulação de entrevista de emprego.
Andressa Quintino Medeiro, de 14, se recorda das lições. "Percebi o quanto é importante a gente se preparar para uma entrevista de emprego", orienta a garota, que, como os colegas da Escola Estadual Margarida Brochado, no Bairro Santa Helena, na Região do Barreiro, aprendeu a elaborar currículos. O jovem Lucas Martiniano de Souza Lima, de 17, também participou do curso. "O curso me ajudou a pensar no meu futuro profissional e a me educar financeiramente. Comecei a economizar mais e repassei os conhecimentos aos meus pais", disse o rapaz, que participou do curso por meio do instituto da Unimed.