Com demanda baixa devidos aos jogos selecionados para Belo Horizonte, os passageiros elegeram o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o segundo melhor do país durante a Copa das Confederações. Em quatro dos sete quesitos, o terminal da Grande BH ficou com a votação mais alta. No entanto, o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, teve a maior nota em satisfação geral, o que lhe garantiu a primeira posição, segundo pesquisa da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República em parceria com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) para medir a qualidade da infraestrutura e dos serviços. Em contrapartida, o aeroporto de Guarulhos, cedido à iniciativa privada, teve as piores notas em três categorias.
Na média, Confins teve a primeira colocação nas categorias melhores serviços de check-in (8,66); restituição de bagagem (9,92); controle migratório (9,98) e aduana (8,03). Nos outros três, ambiente aeroportuário (7,64), inspeção de segurança (8,70) e satisfação geral (7,27), o aeroporto ficou em segundo lugar. Apesar de a média geral ser superior à do de Salvador, o "troféu" é dado ao terminal que teve a maior média no último quesito.
A boa posição está diretamente ligada ao fluxo de passageiros no período do evento. Em Confins, a demanda nos dias de jogos da Copa das Confederações representou somente 70% do que foi registrado na segunda quinzena de dezembro do ano passado. Segundo a Secretaria de Aviação Civil (SAC), 20,3 mil passageiros passaram pelos aeroportos da Pampulha e de Confins nos três dias de jogos, enquanto no verão do ano passado a média nos terminais foi de 29,4 mil, segundo números da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A explicação para a baixa procura é que BH sediou jogos de pouca expressão, como Taiti x Nigéria e Japão x México. A semifinal entre Brasil e Uruguai foi exceção. A torcida taitiana, por exemplo, teve somente uma família de viajantes no Brasil.
Concorrência
Apesar da posição destacada de Confins na avaliação durante o evento esportivo, em pesquisa da mesma secretaria que mediu a qualidade dos serviços entre janeiro e março o terminal perdeu média em 12 dos 13 quesitos similares aos incluídos no Prêmio Boa Viagem. À época, o aeroporto teve notas inferiores aos terminais de Fortaleza e Salvador, entre outros, ficando com a pior nota na categoria médio porte (entre 5 milhões e 15 milhões de passageiros por ano) e quinto na classificação geral. Ambas as pesquisas fazem parte de um conceito de gestão do sistema aeroportuário no país. A proposta é de incentivar a concorrência visando à melhoria no setor. "O nosso problema não está em receber bem pessoas em grandes eventos. Estamos preocupados em garantir ao passageiro brasileiro, que usa os terminais no dia a dia, uma qualidade maior", disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco.