A ocupação de trabalhadores na sede da Cemig, no Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, completa hoje 48 horas. A mobilização teve início na última terça-feira pelos eletricitários demitidos da Cemig Serviços, fechada no mês passado após funcionar no período de 2008 a 2013.
Segundo o sindicato que representa a categoria, os trabalhadores continuam acorrentados e não há perspectiva para o término do movimento. O grupo pretende permanecer no local até que seja recebido pelo presidente da empresa e pelo governador Antonio Anastasia.
Os manifestantes reivindicam o reaproveitamento do pessoal para a Cemig Distribuição. O Sindieletro afirmou que a Cemig não justificou o motivo das demissões e defendeu que cargos conquistados em concursos públicos são resguardados pela Constituição. Pelo menos 70 funcionários concursados foram demitidos nos últimos meses, mas a Cemig Serviços chegou a ter 240 funcionários em atividade.
A Cemig informou nesta quinta-feira que a sua posição em relação à ocupação segue inalterada. Ontem companhia afirmou por meio de nota que a decisão (demissão dos funcionários) foi tomada devido à imprevisibilidade do desfecho de uma ação impetrada pelos Correios, que atualmente tramita na Justiça, reivindicando o monopólio de entrega de correspondências, o que tornou inviável econômica e financeiramente o funcionamento da empresa.