Os sinais de que a economia está em desaceleração estão tirando o ânimo das empresas para investir, afirma o economista Aloisio Campelo, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). "Há um arrefecimento no ímpeto dos investidores", afirma.
Na Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada nesta quinta-feira, referente a julho/agosto, 34% das empresas declararam intenção de investir mais nos próximos 12 meses, enquanto 17% programam investimentos menores. No bimestre abril/maio, os resultados haviam sido de 51% e 15%, respectivamente.
Apesar de perspectivas negativas para o segundo semestre de 2012, Campelo ressalta que, depois de os investimentos caírem 4,0% em 2012, os resultados do primeiro semestre são positivos. Tanto que podem garantir um crescimento entre 7% e 8% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no total do ano. "O investimento é uma variável muito volátil", analisa.